25 de março, de 2009 | 00:00

Ourives é assassinado por causa de cachaça

Wellington Fred


Rosa espera que os acusados de matar seu irmão Jô (detalhe) paguem pelo crime
IPATINGA – Foi sepultado na tarde de ontem, no Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, em Ipatinga, o corpo do ourives Jô Laurindo, de 46, que morreu no Hospital Márcio Cunha na noite de anteontem. Ele estava internado desde a última sexta-feira (20), após ser encontrado desacordado com ferimentos na cabeça ao lado de pedras de gesso na rua Tubarão, no bairro Vila Formosa. Um adolescente de 16 anos foi apreendido pela PM como suspeito do crime.O ourives foi localizado por populares durante a madrugada de sexta-feira, com a cabeça esfacelada por golpes desferidos com pedras de gesso. O Samu encaminhou o até então desconhecido para o Hospital Márcio Cunha, onde posteriormente ele foi identificado por familiares. Na noite de anteontem, Jô morreu vítima de traumatismo crânio-encefálico, conforme o laudo médico.RevoltaO rosto do ourives ficou desfigurado, o que impossibilitou que ele fosse reconhecido no dia em que foi socorrido, apesar de morar no mesmo bairro e nas proximidades de onde foi encontrado, na rua Belgo-Mineira. Ele era casado e deixou uma filha de 10 anos de idade.“A gente descobriu meu irmão no hospital, após várias pessoas nos ligarem”, afirmou a costureira Maria Rosa de Jesus Dias, de 54. Ela disse que é revoltante a situação, pois a filha clama pelo pai e a família espera que se faça justiça. “Estamos revoltados com isso tudo. Ele (Jô) não teria coragem de fazer isso com outra pessoa. É muita covardia”, revoltou-se Maria Rosa durante o velório do irmão, que ocorreu na Igreja Assembleia de Deus do bairro Vila Formosa.PrisãoEnquanto o velório acontecia, o sargento Marcos e o cabos Jocimar e Heraldo conseguiram localizar um adolescente de 16 anos envolvido no crime. Além dele, teria participado do crime Winderson Ferreira de Almeida, o “Bira”, 23, conforme o menor que confessou o crime. “Bira” não havia sido encontrado pela polícia até a tarde de ontem. “Eu e meu amigo estávamos num bar bebendo. Ele (Jô) queria que a gente pagasse uma pinga, mas não aceitamos”, justificou o rapaz.Após a negativa de pagar a bebida para Jô, o menor e seu amigo saíram do bar, mas teriam sido xingados pelo ourives. “O rapaz veio para cima da gente. Pensamos que estivesse armado, pois tinha ido até a casa dele. Nós pegamos as pedras e o agredimos. Infelizmente, fizemos essa besteira”, afirmou o adolescente ao ser encaminhado para a 1ª Delegacia Regional de Ipatinga.
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