22 de março, de 2009 | 00:00

Advogado pede habeas corpus para mulher que raptou bebê

IPATINGA - A desempregada Débora Ferreira da Silva, 21, acusada de sequestrar um bebê recém-nascido no início do ano, no bairro Veneza, continua recolhida no Ceresp de Ipatinga. Seu advogado de defesa entrou com um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que não foi concedido, e agora tenta providenciar junto ao Judiciário um exame de sanidade mental para a acusada.Débora se passou por assistente social para se aproximar de uma família do Veneza que tinha uma filha recém-nascida, a qual pretendia raptar. A acusada abordou a mãe da garota em um posto de saúde e, após oferecer um suposto plano de saúde do governo federal, foi até a casa das vítimas. Ela simulou um assalto, pegou a criança e fugiu.A ação de Débora mobilizou toda a polícia da região e ela não teve como ir longe. No dia seguinte, populares a identificaram e a denunciaram à polícia, que resgatou a criança recém-nascida em uma casa localizada na rua Teresina, no bairro Veneza.Presa, a desempregada confessou o rapto do bebê, alegando que planejou o crime após ter uma gravidez interrompida. Ela, inclusive, enganou o marido, com quem morava em Contagem antes de o casal se mudar para Ipatinga, há poucos meses.DepoimentoNa última quinta-feira (19), Débora participou de uma audiência de instrução no Fórum de Ipatinga e, em novo depoimento, confirmou partes do que já havia dito na Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga quando era autuada em flagrante. Ela acrescentou que pretendia devolver a criança após alguns meses. O depoimento foi acompanhado por seu advogado, Marcos Paulo Fabrini do Espírito Santo de Souza, de Betim.No início do mês, o advogado entrou com o pedido de habeas corpus no TJMG, e ainda aguarda a decisão da desembargadora Jane Silva, da 1ª Câmara Criminal. De acordo com Marcos Paulo, sua cliente estaria depressiva por “perder uma criança ainda no ventre” e por isso ele solicitou exame psicológico e de sanidade mental. Enquanto isso, Débora continua presa numa cela do Ceresp de Ipatinga.