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17 de março, de 2009 | 00:00

Três mortos e 28 feridos

Batida entre ônibus e caminhão engrossa estatísticas da violência na BR-381

Fotos: Wellington Fred


Os bombeiros tiveram dificuldade para resgatar o motorista e os passageiros do ônibus
PARAÍSO – O trecho da BR-381 entre Ipatinga e Governador Valadares foi palco de mais uma tragédia no trânsito. Desta vez, três pessoas morreram, entre elas um menino de quatro anos de idade, na batida entre um ônibus e um caminhão, ocorrida na madrugada de ontem. Ao todo, 28 dos 34 passageiros do ônibus sofreram ferimentos, alguns com gravidade.O acidente ocorreu pouco depois das 3h, conforme o policial rodoviário federal Milholo, que, juntamente com o colega Lemos, foi um dos primeiros a chegar ao local do acidente. “Voltávamos de uma ocorrência na localidade de Lagoa do Pau (Jaguaraçu) e chegamos aqui poucos minutos depois de ocorrido o acidente. Muitas pessoas gritavam por socorro e algumas pulavam pelas janelas”, contou o patrulheiro.TragédiaO ônibus de placas GVH-3742 (Carlos Chagas), da empresa Lut Turismo, de Nanuque, viajava com destino a Belo Horizonte. O coletivo era dirigido por Edson Leonardo de Araújo, 34, que assumira a direção do coletivo na cidade de Periquito. “Ele estava descansado quando passei a direção. Eu não vi nada do que ocorreu porque estava no fundo do ônibus”, disse Luciano Ramos dos Santos, 33, o outro motorista da empresa.No quilômetro 225 da BR-381, perto do trevo de acesso à cidade de Santana do Paraíso, o coletivo avançou a contramão de direção e bateu de frente com o caminhão Mercedes-Benz 1313 de placas MCA-2884 (Ipatinga), dirigido por José Márcio de Valadares, 33, que levava uma carga de cimento. O motorista do caminhão morreu na hora, bem como o proprietário, Isaías Nantes, 39, que viajava ao lado de José Márcio.Entre os passageiros do ônibus, morreu Pedro Antônio de Souza Lobo, de apenas 4 anos de idade. O garoto estava nas primeiras poltronas e teve o corpo prensado pela avó, que o acompanhava, e pelos bancos que se soltaram no impacto. Os bombeiros tiveram dificuldades na retirada dos corpos dos ocupantes do caminhão, cuja cabine foi completamente destruída. Os cadáveres foram removidos ao IML de Ipatinga após os trabalhos do perito Gilmar Miranda.

Passageiros ficaram na rodovia aguardando o socorro dos bombeiros e do Samu
ResgateOs passageiros feridos foram atendidos por resgates do Samu e também do Corpo de Bombeiros. Para o Hospital Municipal de Ipatinga foram encaminhados 17 feridos, todos liberados por volta do meio-dia. Para o Hospital Márcio Cunha, também em Ipatinga, foram levados 11 passageiros com ferimentos mais graves. Uma das vítimas, Carlos Roberto Meira, 52, teve que ser submetido a cirurgia por causa de um traumatismo crânio-encefálico.Entre os feridos com fraturas expostas está o motorista do ônibus, o último a ser retirado das ferragens. Foi necessário que os bombeiros e profissionais do Samu monitorassem os sinais vitais de Edson até a sua retirada das ferragens. Um guincho também teve que ser usado para puxar o caminhão, que ficou preso nas ferragens do coletivo. O condutor do ônibus sofreu fraturas na perna direita.Gritos de desesperoSentados às margens BR-381, ao lado do ônibus que bateu de frente com um caminhão, perto da entrada para Santana do Paraíso, os passageiros sobreviventes pareciam vítimas de uma guerra, uma verdadeira batalha no trânsito violento. O terapeuta Hormínio Alves Neto, 42, disse que “ficou tudo revirado” por causa do acidente. “Só ouvi uma pancada, e todos se misturaram. Eram gritos de pavor. Eu pensei que o ônibus estava pegando fogo, mas era a poeira do cimento que se levantou após o acidente”, contou o terapeuta.A estudante Karine Vieira, 18, também viajava no ônibus e acordou com o barulho da batida com o caminhão. Ela viajava sozinha, de Carlos Chagas para Belo Horizonte. “Não deu para ver nada. Só ouvi muitos gritos de desespero”, disse Karine, que estava descalça e tentava achar seus pertences em meio aos dos outros ocupantes do ônibus.HipótesesO policial rodoviário federal Milholo disse ao DIÁRIO DO AÇO que ainda é cedo para se falar nas causas do acidente, mas apontou que há pelo menos duas hipóteses. De imediato, surgiu uma informação de que o ônibus ultrapassava uma carreta quando ocorreu a batida. Outra versão investigada é a de que motorista tivesse cochilado ao volante.
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