13 de março, de 2009 | 00:00

Líder comunitário fuzilado na porta da casa

Wellington Fred


“Governo” (detalhe) morreu na sala da casa, na frente da mulher e do filho de 7 anos
BELO ORIENTE - Os moradores do loteamento Brauninhas, no distrito de São Sebastião de Braúnas, e a polícia de Belo Oriente, ainda não conseguiram entender o que teria provocado o violento assassinato do campeiro Edélcio Alves dos Reis, 45, líder comunitário na cidade. Conhecido pelo apelido de “Governo”, ele foi morto com 12 tiros por dois homens, na porta de sua casa, na rua Dália, na noite de anteontem. A dupla fugiu numa moto e até o início da noite de ontem a polícia ainda não tinha pistas do seu paradeiro.O sargento Ananias Júnior contou ao DIÁRIO DO AÇO que dois homens foram até a casa de “Governo”, que era presidente da Associação de Moradores de Braúnas, chamando-o pelo nome. Ele estava tomando banho e um dos homens perguntou por um documento de veículo. Assim que o campeiro disse que iria buscá-lo, os assassinos dispararam suas armas várias vezes. “Governo” morreu enrolado à toalha, na sala de sua residência.O corpo da vítima foi periciado pelo perito José Batista, que apontou 12 tiros pelo corpo. Foram recolhidas no local sete cápsulas deflagradas de pistola calibre 380, quatro projéteis de mesmo calibre e outros dois de revólver calibre 38. Essa constatação aponta que os autores usaram duas armas de fogo na execução.O delegado de Polícia Civil de Belo Oriente, Élder Chantal de Almeida, esteve no local e iniciou o trabalho para conseguir prender os assassinos com apoio dos policiais militares. Foi feito um cerco nos municípios próximos, mas sem sucesso na prisão da dupla que executou “Governo” na frente da sua mulher e do filho de apenas 7 anos de idade.ProblemasA mulher de “Governo”, em estado de choque, não quis dar entrevista à imprensa. O irmão da vítima, Gerson Reis Alves, 38, disse ao DIÁRIO DO AÇO que não sabia de problemas que a vítima possuia. “Meu irmão era uma pessoa de bem, nunca me falou de qualquer problema. Esperamos que as autoridades façam o trabalho delas no caso”, cobrou Gerson.Os moradores de Brauninhas, com muito medo, falaram que os assassinos pararam a moto debaixo de um poste de iluminação pública que estava com a lâmpada queimada. “Depois do crime eles passaram tranquilamente e pegaram a moto, deixada aqui perto. Parece até que eles conheciam o ‘Governo’, pois o chamaram pelo nome. Eu ainda vi um deles portando duas armas e o outro com uma arma também”, disse uma testemunha, que pediu para não ser identificada.O corpo de “Governo” foi velado durante todo o dia de ontem, na casa da família. Segundo familiares, o sepultamento vai ocorrer hoje de manhã, no cemitério de Brauninhas.
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