09 de dezembro, de 2008 | 00:00

Serralheiro e pedreiro morrem eletrocutados

Wellington Fred e Reprodução


Gabriel (detalhe) morreu ao encostar um metalon na rede da Cemig; outra pessoa também perdeu a vida no acidente
FABRICIANO - Um acidente com a rede elétrica da Cemig deixou dois mortos na tarde de ontem no bairro JK. É o quarto acidente ocorrido no Vale do Aço, que já resultou em cinco mortes em cerca de um mês. No caso de ontem, o serralheiro Gabriel Custódio Batista, 44 anos, e o pedreiro Geraldo Clementino Assunção, de 54, morreram eletrocutados assim que um pedaço de metalon encostou em um cabo e eles receberam uma descarga elétrica de 13,8 mil volts.Segundo Beatriz Martins Venil, de 22 anos, ela estava na rua Nico Roque, em frente ao número 220, no bairro JK, a antiga rua 15, por volta das 15h30. “Escutei um estouro e vi a filha da proprietária da casa correndo. Corremos lá em cima e pouca coisa podia ser feita para salvar as vítimas”, disse ao DIÁRIO DO AÇO, ainda assustada com o acidente ocorrido minutos antes.No momento do acidente, Beatriz pegou a sua motocicleta e se deslocou até o pelotão do Corpo de Bombeiros, acionando o resgate. Com a chegada da equipe do cabo Ronildo, nada mais podia ser feito. Gabriel, que trabalhava na construção do telhado, sofreu queimaduras por todo o corpo, e o pedreiro morreu ao tentar ajudar o colega, conforme contou o militar dos Bombeiros. Ele afastou os corpos das vítimas do metalon energizado com uma tábua.A rua foi isolada como medida de segurança e muitos curiosos se aglomeraram em volta. Chegou ao local a filha de Gabriel, a estudante Nayara Cristina Maia Batista, de 19 anos. Ela estava em uma lan house quando ficou sabendo do ocorrido. “Me falaram do fato, mas não sei o que ocorreu. Meu pai sempre trabalhou com serralheria”, disse a filha, ainda sem saber que o pai já estava morto.A notícia foi dada pelos bombeiros para a mulher da vítima. Os familiares precisaram ser atendidos e dois deles levados para serem medicados no Hospital Siderúrgica. O local foi liberado pelo perito Izaque Vasconcelos assim que funcionários da Cemig desligaram a rede elétrica, e os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal de Ipatinga. AcidentesJá são cinco pessoas que perderam a vida em acidentes com a rede da Cemig. O primeiro deles ocorreu no dia 10 de novembro, com o auxiliar Antônio Teotônio de Oliveira, de 45 anos. Ele recebeu uma descarga elétrica ao tentar desobstruir um cano de saída de água de chuva na laje de sua casa, na rua 17, no bairro Planalto, em Ipatinga. O vergalhão de ferro utilizado por Antônio encostou-se à rede elétrica da Cemig.No dia 23, em Coronel Fabriciano, uma tentativa de colher manga acabou em morte para o ajudante Rosalvo Resende de Morais, de 33 anos. Ele encostou uma viga de metalon no cabo de alta-tensão e morreu ao receber uma descarga elétrica de 8 mil volts. Rosalvo colhia mangas em sua residência, na rua Vicente Barbosa, 120, no Santa Rita. Na ponta da vara de metal estava uma lata usada para pegar os frutos.Três dias depois, o funcionário da Copasa Wilson Brás Folgado, de 28 anos, morreu eletrocutado na avenida José Raimundo, no bairro Taúbas, em Ipatinga. Ele estava no carona da picape Iveco, da Copasa, placas HFW-7148, quando tentou retirar um fio que havia sido jogado por cima da rede da Cemig. O cabo elétrico foi jogado pelo eletricista Romilson César Soares, 27, que fazia a instalação de um sistema de segurança em um dos sítios.
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