29 de novembro, de 2008 | 00:00
Militares apuram morte de Andinho” em Fabriciano
Wellington Fred e Reprodução
Denílson confessou o assassinato de Wanderson (detalhe), alegando que apanhou no rosto
FABRICIANO - O pedreiro Denílson dos Reis Silva, 24 anos, foi preso na manhã de ontem. Com dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça de Belo Horizonte, ele acabou confessando, na 178ª Companhia Especial da PM, que foi o autor da morte do mecânico montador Wanderson Ramos, o Andinho”, 24 anos, assassinado no dia 1º de junho no Morro do Carmo.Andinho foi assassinado na rua Benedito Pacífico, a 100 metros da casa onde morava. A vítima seria usuária de drogas e teria envolvimento com alguns traficantes no Morro do Carmo, onde estaria sendo ameaçada de morte, conforme levantamentos feitos à época pela polícia. Wanderson tinha três irmãos e deixou uma filha, nascida de um relacionamento com uma antiga namorada.Até há pouco tempo a polícia ainda não tinha informações do envolvimento de Denílson no crime. A situação mudou nos últimos dias, quando o rapaz passou a dizer que iria matar” outras pessoas no Morro do Carmo até o Natal. O Serviço de Inteligência passou a verificar a situação e, após várias tentativas, conseguiu prender Denílson próximo à rua 3. Ele mudava de casa constantemente para não ser localizado”, disse o sargento Wesley.Os militares verificaram que, para escapar de ser preso, ele invadia casas no Morro do Carmo. O motivo seriam os dois mandados de prisão em aberto na Justiça. Um deles seria por um homicídio cometido em Belo Horizonte, fato confirmado por ele ao DIÁRIO DO AÇO. Foi uma guerra lá no morro, foi o que aconteceu. Vim para cá há alguns meses e gostei daqui. Já estava até trabalhando”, contou Denílson, confirmando ser usuário de drogas.A PM levantou ainda que ele estaria na região a mando de traficantes, fato negado pelo acusado. Eu matei o Andinho porque ele bateu na minha cara. Ele já havia tentado me bater uma vez e consegui sair fora, mas dessa vez perdi a cabeça. A gente estava usando crack quando tudo aconteceu. A arma foi jogada dentro de um rio, em Belo Horizonte, para onde eu fui depois do crime”, explicou antes de ser levado para a 19ª Delegacia Seccional.Enquanto a PM registrava a ocorrência, um parente da vítima chegou à sede da 178ª Cia. PM. Revoltada e pedindo para não ser identificada, fez uma revelação: Não acreditei que era ele. No dia do crime, ele passou por mim e conversou comigo, minutos antes do ocorrido. Ele vivia lá em casa, comia lá, bebia. Meu Deus... que frieza”, comentou.
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