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13 de novembro, de 2008 | 00:00

PF prende quadrilha acusada de fraudar R$ 5 mi da Previdência

BELO HORIZONTE (AE) - A Polícia Federal prendeu ontem sete pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que fraudava a Previdência Social em Minas Gerais, por meio da obtenção de benefícios previdenciários e assistenciais irregulares. A Operação Fraude S/A foi deflagrada com base na investigação de uma força-tarefa composta pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e Ministério da Previdência Social. Segundo a PF, já foram identificados cerca de 400 segurados que se beneficiaram ilegalmente do esquema, que teria provocado um rombo de pelo menos R$ 5 milhões aos cofres públicos. A suspeita da PF é que o grupo criminoso atuava havia pelo menos quatro anos e contava com a ajuda de quatro servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os funcionários públicos serão ouvidos. Eles não foram afastados, mas vão responder a processo administrativo. A base da quadrilha, segundo a PF, era um escritório de despachantes, localizado na região central de Belo Horizonte, “verdadeira empresa especializada em fraudar a Previdência”. A chefe do escritório, outras quatro mulheres e dois homens foram presos temporariamente. Conforme a PF, os beneficiários eram aliciados nas entradas das agências do INSS na capital mineira e em cidades da região metropolitana. Geralmente, os despachantes abordavam pessoas que tiveram algum benefício negado, como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. A quadrilha prometia a concessão do benefício irregular em troca de uma parte do recurso liberado.O delegado Roger Lima de Moura disse que o grupo criminoso também forjava a documentação apresentada ao INSS para a obtenção do benefício. “Muitas vezes acompanhava o contribuinte até o INSS para assinar perícia, como se fosse um parente.” A PF cumpriu também 21 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios, agências da Previdência Social na capital e nas cidades de Porto Firme, Canápolis, Caeté, Vespasiano, Santa Luzia e Sabará.Os 400 auxílios suspeitos de irregularidades serão revistos. “Se ficar comprovada a irregularidade neles, esses beneficiários serão convocados pela Procuradoria Federal Especializada do INSS. Eles terão de devolver todo o valor recebido indevidamente. Inclusive, poderão ter seus bens seqüestrados até o montante do recebimento indevido. Poderão responder por crimes também”, disse Neusa Peixoto Campos, coordenadora operacional de pesquisa estratégica e de gerenciamento de riscos do Ministério da Previdência.
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