12 de novembro, de 2008 | 00:00

Crime brutal no Ipanemão

IPATINGA - Um crime brutal foi descoberto no início da tarde de ontem, na localidade de Ipanemão, zona rural de Ipatinga. O caseiro Nilton Divino Soares de Almeida, de 44 anos, morreu com golpes de faca, possivelmente após entrar em luta corporal com o seu assassino. Há suspeita de que a vítima tenha sido roubada, porque a motocicleta dela não foi localizada na casa da propriedade rural onde trabalhava.O assassinato foi descoberto pelo lavrador José Milton, de 47 anos, que deparou com o corpo do amigo em meio a muito sangue. “Meu Deus, quase tive um troço aqui. Como é possível fazer isso com alguém, é muita violência”, disse ao DIÁRIO DO AÇO, chegando a chorar ao lembrar do susto que teve ao procurar Nilton por volta de meio-dia.O sargento Ernesto Júnior informou que o local é muito afastado e que apenas moradores escutaram disparos de arma de fogo no início da noite de domingo. “Possivelmente eles entraram em luta corporal, pelo que a gente dá para notar. Vamos buscar mais informações a respeito deste caseiro para podermos saber o que pode ter ocorrido realmente por trás desta morte”, comentou o militar.A área foi cercada pelos policiais militares até que o trabalho do perito Gilmar Miranda fosse realizado. Nilton estava caído de bruços, vestindo apenas uma cueca. Nas costas da vítima, marcas de objeto cortante, possivelmente faca ou até mesmo um facão, já que na varanda estava uma bainha pendurada junto a um arreio de cavalo, mas sem a ferramenta.SangueTambém foi encontrada caída na varanda uma espingarda chumbeira (relepa), que parece ter sido usada. Além de muitas marcas de sangue por diversos locais da casa, sinais de que pode ter havido uma luta entre vítima e seu assassino. Não foi localizada a motocicleta da vítima, uma Honda Titan 125 de cor azul, placa GSN-0807. Há suspeita de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte).Uma faca entortada, encontrada sobre uma cama, também foi apreendida pelos policiais, e o corpo foi removido para o Instituto Médico Legal de Ipatinga. Assustada com o caso, a moradora Almira José de Brito, de 77 anos, disse que ouviu um tiro no início da noite. “Eram umas seis horas, no domingo. Pensei que ele (Nilton) estava matando jacu, que tem muito por aqui perto”, lembrou a idosa, ao ver a vítima caída sem vida.