27 de setembro, de 2008 | 00:00

Amigos dão último adeus a vítima de latrocínio

Polícias Civil e Militar tentam localizar autor de latrocínio

Wellington Fred


Dezenas de amigos e familiares foram ao velório na casa do aposentado morto durante um assalto no Canaãzinho
IPATINGA - As polícias Militar e Civil tentam localizar o assassino do aposentado Domingos Couto de Barros, o “Góti”, de 78 anos. Ele foi baleado na noite de anteontem durante uma tentativa frustrada de assalto a um varejão no bairro Canaãzinho. O crime chocou a comunidade onde morava a vítima, que foi ao comércio conversar com a nora, proprietária do estabelecimento. O enterro ocorreu na tarde de ontem.O latrocínio (roubo seguido de morte) movimentou o meio policial no início da noite de quinta-feira. A vítima foi ao Varejão do Povo, localizado na rua Síquen, esquina com a rua Ester, onde trabalhou vários anos como feirante. Ele conversava com a nora, a comerciante Jussara Teodoro de Lima, de 47 anos, quando chegou um rapaz perguntando por alguns produtos. Depois, se dirigiu até Jussara. Quando se pensava que ele iria pagar uma caixa de bombom, o rapaz sacou um revólver e anunciou o roubo. Domingos interveio, pedindo ao assaltante para não fazer aquilo. O assaltante reagiu com um tiro de revólver calibre 22 no tórax, lado esquerdo, de Domingos. Em seguida, o bandido fugiu numa bicicleta.Durante o desespero das pessoas, pensou-se que Góti havia sofrido um infarto. Unidades de resgate do Samu e do Corpo de Bombeiros socorreram o aposentado, mas ele não resistiu. Os socorristas detectaram uma pequena perfuração, próximo à axila esquerda, entrada do tiro, e descartaram o ataque do coração.AglomerouUma multidão se aglomerou em frente ao varejão, aonde amigos e familiares chegaram logo que ficaram sabendo do caso. Policiais civis, entre eles o delegado regional Leonardo Dias Vieira, e policiais militares estiveram no comércio levantando pistas para ajudar na apuração do crime. Um suspeito chegou a ser detido, mas a sua participação foi descartada por testemunhas.Os militares apontaram que o autor do latrocínio é suspeito de ter participado de um outro crime, um assalto no Varejão Ramos, por volta das 15h, nas proximidades do Varejão do Povo. O marginal roubou cerca de R$ 100 do caixa, fugindo rumo ao bairro Bethânia em uma bicicleta. Durante as últimas horas, várias buscas foram feitas, com alguns suspeitos sendo averiguados.
Reprodução


Domingos Couto, o Góti, na foto com a mulher e filhos
O velório ocorreu na casa de Domingos Góti, na rua Emanuel, 135, no bairro Canaãzinho. A rua ficou movimentada durante todo o dia de ontem, com dezenas de amigos e familiares acompanhando o funeral. Ninguém conseguia entender o que levou o rapaz a praticar o crime. O enterro aconteceu no fim da tarde, no cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II.O comerciante José Couto de Lima, 46, o conhecido Castelo, um dos sete filhos de Góti, disse ao DIÁRIO DO AÇO que toda a família é bastante unida. Ele esteve com a vítima alguns minutos antes do crime. “Cheguei logo após me ligarem sobre o fato. Ele ainda respirava, mas não teve jeito”, lamentou Castelo, amparado por amigos.A nora da vítima, professora Maria Catarina de Souza Moreira Lima, de 47 anos, também estava revoltada. “Minha cunhada disse que Góti não fez nada para ser baleado, apenas pediu ao rapaz para não assaltar. Ele era cheio de vida, agora vem um vagabundo e tira a vida dele”, desabafou, pedindo que as leis sejam mudadas no país. “Não pode ser assim.”
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