26 de setembro, de 2008 | 00:00

Corpo de motorista é identificado

Caminhoneiro e garota de programa foram mortos a tiros próximo a Antônio Dias. Polícia suspeita de latrocínio

IPATINGA - Confirmado. O corpo localizado anteontem, em uma valeta na BR-381, próximo a Antônio Dias, é mesmo do motorista José Geraldo Castelano, de 65 anos. O reconhecimento foi feito no Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga na manhã de ontem por familiares da vítima, morta com um tiro na cabeça. No sábado passado, o corpo de uma mulher também baleada na cabeça foi achado dentro do caminhão do motorista.Coube à dona de casa Elizete Castelano, de 50 anos, a difícil missão de realizar o reconhecimento do corpo, em estado de decomposição, no IML. “É uma covardia muito grande e também uma falta de respeito por não encontrarem o corpo dele antes. Esperamos que a polícia possa descobrir quem fez isso”, comentou Elizete, que teve com o motorista duas filhas.A mulher conversou pela última vez com o marido pelo telefone, que alegou estar em Belo Horizonte e iria trazer uma carga para o Vale do Aço. O corpo de José Geraldo foi trasladado para a cidade de Muriaé, Zona da Mata mineira, onde morava a vítima. O caminhão dele, o Mercedes-Benz 1111, estava recolhido num pátio em Timóteo e já foi liberado pelo delegado Alexsander Esteves Palmeira. ApuraçãoO delegado conversou com os familiares da vítima na delegacia de Antônio Dias e instaurou inquérito para apurar a dupla execução ocorrida na BR-381. No sábado passado, populares acharam o corpo de Marta Suélem Moraes, 19, assassinada com um tiro na cabeça. Ela estava na boléia do caminhão de José Geraldo. O veículo estava abandonado na BR-381, próximo à curva dos Machado.Os familiares não conseguiam falar com o motorista pelo celular desde a semana passada. Eles foram informados apenas na segunda-feira pelo destinatário da carga sobre a localização do caminhão. Já o corpo de José Geraldo estava dentro de uma valeta, a 50 metros onde o veículo foi encontrado com o corpo de Suélem. O cadáver de José Gerado foi achado por um andarilho.A mulher encontrada no caminhão era moradora de Coronel Fabriciano e fazia programas sexuais em Ipatinga. Viciada em crack, a polícia tenta fazer a ligação dela com o motorista assassinado. Não está descartada a hipótese de um latrocínio (roubo seguido de morte).