24 de setembro, de 2008 | 00:00

Familiares de caminhoneiro sem notícias

Wellington Fred


O caminhão seria descarregado em Ipatinga, conforme familiares do motorista desaparecido
DA REDAÇÃO - A família do caminhoneiro José Geraldo Castelano, de 65 anos, não sabe do paradeiro dele até o momento. Ele é o proprietário do caminhão Mercedes-Benz 1111, placas GVJ-4412 (Muriaé/MG), encontrado no último sábado com o corpo de Marta Suélem Moraes, de 19 anos. A garota morreu com um tiro na cabeça e foi deixada na boléia do veículo, abandonado na BR-381, trecho do município de Antônio Dias.O DIÁRIO DO AÇO passou o dia de ontem buscando informações de familiares de José Geraldo. Tanto a Polícia Civil, bem como a Polícia Militar de Muriaé, não sabiam do caso. No fim da tarde, o genro do caminhoneiro, o motorista Paulo Sérgio Rocha, de 40 anos, conseguiu falar com o sargento Roberto Martins, do destacamento de Antônio Dias.O policial militar informou ao motorista Paulo Sérgio sobre o ocorrido, registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no fim da tarde de sábado. Foi uma surpresa para a família de José Geraldo, que reside em Muriaé, Zona da Mata mineira, pois havia dois dias vinham tentando falar com ele pelo celular, que só dá sinal de desligado.Paulo Sérgio conversou com o DIÁRIO DO AÇO pelo telefone e se mostrou preocupado com o sumiço do sogro, que mora na rua Villa del Penho, no bairro Barra, em Muriaé. “Tem uma filha dele que está grávida e a criança está prestes a nascer. Fomos pegos de surpresa hoje, com esta história do caminhão abandonado e esta morte”, disse o motorista.PapelãoA família ficou sabendo do caso por um empresário de Ipatinga que receberia a carga de papelão. O material foi embarcado em Cataguases e seria trazido para o Vale do Aço. “Esta pessoa viu na TV a reportagem sobre o fato e ligou para a gente. Não sabemos o que pode ter ocorrido. Todos aqui buscamos uma informação sobre o ocorrido”, comentou o genro.José Geraldo fazia o trajeto constantemente e não deixava de dar informações para a família. Policiais suspeitam que o motorista pode ter sido vítima de um roubo. “Os assaltantes pensaram que a carga fosse valiosa e, ao descobrirem o que era, teriam executado o motorista”, informaram. A morte de Marta Suélem ainda não se encaixou na história.A localização do caminhão foi feita por caminhoneiros que informaram a PRF. O veículo está apreendido em Timóteo. Suélem ou Loura, como era conhecida, era usuária de crack e fazia programas para se manter. Seu corpo foi encontrado na poltrona do Mercedes com um tiro na cabeça. O caso foi passado para o delegado Alexsander Esteves Palmeira, titular da delegacia de Antônio Dias.
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