23 de setembro, de 2008 | 00:00

Morre homem que sofreu 2 atentados

Reprodução


Divaldo “Bodão” passou quatro meses internado no HMC
IPATINGA - Após quatro meses e dois dias, morreu o ajudante Divaldo Ferreira da Silva, o “Bodão”, de 29, que estava internado no Hospital Márcio Cunha desde o dia 22 de maio, após receber sete tiros em um bar. No ano passado, ele já havia escapado da morte ao ser ferido três vezes por um homem desconhecido em uma motocicleta. Além desses dois casos, a polícia suspeita que um morador de Belo Horizonte foi morto em dezembro passado por engano, no lugar de Bodão.No dia 17 de agosto de 2007, Divaldo Bodão estava na rua Araguari, no Centro de Ipatinga, quando chegou um homem numa motocicleta de cor preta, sem placa. O desconhecido estava com uma touca por debaixo do capacete e atirou três vezes em direção a Bodão. Dois projéteis atingiram o pescoço da vítima e, o terceiro, a cabeça, lado direito, com a bala saindo no olho esquerdo.Apesar da gravidade dos ferimentos, ele conseguiu sobreviver ao atentado. No intervalo das tentativas de homicídio, ocorreu em 11 de dezembro de 2007 o assassinato do montador de palco Eules dos Santos Ricardo, de 23 anos. Ele morreu com dois tiros na rua Campinas, no bairro Veneza I, quando retornava com amigos após um lanche. Morador de Belo Horizonte, a vítima estava em Ipatinga pela primeira vez para trabalhar na montagem do palco de inauguração do Senai de Ipatinga.Eules e dois amigos foram abordados por ocupantes de uma Parati cor prata, modelo geração III, vidros escuros e com os faróis apagados. A pessoa que estava de carona sacou uma arma de fogo e determinou que o trio ficasse com as mãos em um muro. Eules ficou entre os colegas, quando houve dois disparos que acertaram as suas costas.O que leva à hipótese de ter sido morto por engano era a sua aparência física com Bodão.Familiares informaram que a vítima nunca tinha vindo ao Vale do Aço e que não tinha problemas em Belo Horizonte. Na época, o DIÁRIO DO AÇO já antecipava que fontes da Polícia Civil apontavam que os assassinos poderiam ter confundido Eules.TentativaO segundo atentado contra Bodão ocorreu dia 22 de maio deste ano. O rapaz estava em um bar, localizado no encontro das avenidas João Valentim Pascoal e Cláudio Moura, no Centro de Ipatinga. O autor dos disparos estava acompanhado de outro homem que pilotava uma motocicleta escura. Bodão saiu correndo quando viu que seu oponente estava armado com uma pistola, mas acabou atingido com sete tiros no braço direito, tórax, barriga e bacia. No local, policiais apreenderam os estojos deflagrados de pistola calibre 380.O resgate do Samu socorreu o rapaz gravemente ferido e o levou ao Hospital Márcio Cunha, onde ele ficou internado. Os médicos avaliaram, na época, que Bodão corria risco de ficar paralítico, pois um dos projéteis acertou a coluna vertebral. Os ferimentos tiveram complicações e ele acabou morrendo no fim da tarde do último sábado.De acordo com a PM, os locais dos atentados são áreas de intenso tráfico de drogas. Há suspeita de que ele também estivesse envolvido com drogas. Bodão possuía diversas passagens pela polícia, com registros de acusação de furto, roubo e tráfico de drogas. Este caso e o de Eules estariam entre os crimes investigados pela Força-Tarefa em Ipatinga. A Polícia Civil ainda não divulgou o resultado das investigações.
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