10 de agosto, de 2008 | 00:00

Um dos ladrões de banco em Portugal seria de Fabriciano

DA REDAÇÃO - Os dois brasileiros que, na última quarta-feira, 6, assaltaram um banco em Lisboa, eram de Minas Gerais,  das cidades de Coronel Fabriciano e Montes Claros. Apesar das informações desencontradas entre os jornais de Portugal e o site BBC Brasil, os autores seriam Wellington Rodrigues Nazaré, 23 anos, e Nilton (ou Nilson) Souza, 32 anos. A polícia portuguesa não divulgou oficialmente o nome dos dois, alegando segredo de Justiça. Nilton seria de Montes Claros e foi morto a tiros pela polícia portuguesa.Wellington levou um tiro na face e outro no crânio, mas está fora de perigo, apenas com um edema na cabeça, encontrando-se internado no Hospital de São José, em Lisboa. O de Montes Claros morreu na agência bancária onde ocorreu o assalto, atingido por um atirador (sniper) do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia de Segurança Pública. Toda a ação policial foi mostrada ao vivo por um canal de TV portuguesa.Até março, o montes-clarense trabalhava como recepcionista na Pensão Mar dos Açores, no centro de Lisboa. Há cerca de três meses, largou o emprego dizendo que pretendia trabalhar na construção civil ou em mudanças. O rapaz de Coronel Fabriciano seria motorista profissional. Os dois moravam havia seis meses em Portugal e estavam em situação ilegal.Não foram divulgados os endereços dos acusados no Brasil, mas o DIÁRIO DO AÇO levantou, com colegas da imprensa, que Wellington tem familiares no bairro Caladinho.Na linguagem policial, os assaltantes foram “neutralizados” depois de um cerco que durou dez horas na agência do Banco Espírito Santo, em Campolide, no centro de Lisboa. Foi um assalto que demonstrou pouca preparação: trata-se de uma agência administrativa, sem caixas que trabalhem com dinheiro vivo.O assalto começou às 15h, quando a agência estava para fechar. Às 15h04, uma mulher que estava tirando dinheiro no caixa eletrônico da ATM que fica do lado de fora da agência viu pessoas dentro do banco com as mãos presas por algemas de plástico, e chamou a polícia. O primeiro carro da polícia demorou alguns minutos para chegar. “Os agentes vestiram o colete à prova de balas, entraram na agência para confirmar o que estava acontecendo e viram quatro pessoas encostadas no vidro perto da porta, manietadas com braçadeiras de plástico, e imediatamente retiraram as pessoas dali”, conta o superintendente Pereira de Oliveira. Duas pessoas acabaram ficando como reféns, sendo um cliente e a gerente do banco.Cerco O banco foi imediatamente cercado por um contingente de mais de cem agentes da polícia. A comissária Florbela Carrilho relatou que, durante nove horas, houve tentativas de negociação com os assaltantes. Às 23h20, os assaltantes tentaram sair do banco levando os reféns. Eles pretendiam usar o carro da gerente – um Smart de apenas dois lugares que estava estacionado na frente da agência. Chegaram a abrir a porta do carro, mas não sabiam que havia sido posta uma esteira com pregos no perímetro do local, o que inviabilizaria a fuga. Quando a polícia viu que eles estavam saindo da agência com a arma apontada para a cabeça dos reféns, os atiradores de elite receberam ordens para atingirem os dois. “Avaliamos que a vida dos reféns estava em risco e decidimos neutralizá-los. Quero deixar claro que toda a nossa conduta foi de tentar garantir a vida e o bem-estar dos reféns e também dos seqüestradores”, afirma Pereira de Oliveira. No total, foram dados três tiros.O superintendente não deu mais detalhes, afirmando que o crime encontra-se em segredo de Justiça para mais investigações. Entre os fatos em investigação está se havia ou não mais um elemento que estaria fora do banco aguardando em um carro para a fuga e se foram os dois acusados que cometeram um assalto a uma agência do banco Barclay’s, em Lisboa, no dia 6 de julho.
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