09 de agosto, de 2008 | 00:00

Rapaz é atropelado após dar tiros

IPATINGA - O ajudante Wanderson Martins da Cruz, de 18 anos, foi preso acusado de tentativa de homicídio no bairro Bom Jardim, motivado por ciúmes. Ele teria ido até a casa de um adolescente de 15 anos e disparado vários tiros, conforme apurou a Polícia Militar. A motivação seria que a vítima, que não foi atingida, estaria se relacionando com a namorada de Wanderson, uma garota de 14 anos. Após os tiros, o acusado acabou sendo atropelado por um carro dirigido pelo pai do menor a quem os disparos eram destinados.O crime ocorreu no início da tarde de ontem, na rua Maria Apolinário, 106, no bairro Bom Jardim. O rapaz, que estaria em companhia de um adolescente, foi até a casa do menor e, armados, dispararam vários tiros. Em seguida eles fugiram, acompanhados de longe por Gilmar de Souza, de 36 anos, pai do menor alvo do atentado. Ele estava dirigindo um Ford Corcel II e é acusado de atropelar Wanderson, fugindo em seguida.Wanderson foi encaminhado pelo Samu ao Hospital Municipal de Ipatinga (HMI) e, após receber atendimento médico, foi liberado para ser conduzido à 1ª Delegacia Regional de Ipatinga. Na portaria do Pronto-Socorro, a mãe e a avó do acusado, juntamente com outras pessoas, provocaram um princípio de tumulto. A idosa passou mal e teve que ser levada para dentro do HMI para ser medicada.EnvolvimentoO cabo J. Gomes, que juntamente com o cabo Glauco foi quem realizou a prisão do acusado, disse ao DIÁRIO DO AÇO que testemunhas apontaram o envolvimento de Wanderson no crime. “Infelizmente, as armas não foram encontradas até o momento”, disse Gomes, que atendeu anteontem, no mesmo local, uma ocorrência de ameaça do acusado contra o filho de Gilmar. O comparsa de Wanderson, um outro menor de 15 anos, teria participado e acabou localizado, sendo também levado para a delegacia.Os dois detidos conversaram com a reportagem e negaram a autoria da tentativa de homicídio. O menor alegou que nem no local estava quando o fato ocorreu. Já Wanderson contou ter se deslocado até a casa das vítimas. “Fui lá atrás do filho que tenho com a garota e fui recebido a bala. Depois o pai do cara me atropelou, não fiz nada disso e nem tenho arma alguma”, contou, ao ser entregue na delegacia para ser autuado em flagrante.