23 de julho, de 2008 | 00:00

Ajudante é executado na frente da namorada

Reprodução


Whalecy foi morto a tiros quando estava no banco da praça
IPATINGA - A trégua de 44 dias sem casos de assassinatos em Ipatinga foi quebrada na noite de anteontem com a execução do ajudante Whalecy dos Santos de Morais, de 24 anos. Ele foi morto a tiros quando estava no banco da praça situada na rua Tucumã, no bairro Vila Militar, em companhia da namorada de 16 anos. Envolvido com drogas, a família revelou que o rapaz estava ameaçado de morte.O crime ocorreu por volta das 20h30 e, segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Militar, o rapaz estava com a namorada de 16 anos, ambos sentados no banco da pracinha da Tucumã, esquina com a rua Arica. Um homem não identificado chegou até o casal e abriu fogo contra a vítima, disparando quatro tiros e acertando três deles.A garota saiu correndo gritando por socorro, enquanto o assassino fugiu e, possivelmente, escapou numa motocicleta parada nas proximidades. Uma unidade do Samu foi ao local do crime e constatou o óbito de Whalecy. Várias viaturas da Polícia Militar realizaram buscas, mas sem sucesso na localização do assassino.O corpo da vítima foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) de Ipatinga após os trabalhos da perita Rita de Cássia. Os legistas constataram que Whalecy morreu com tiros sobre o olho esquerdo, braço direito e ombro esquerdo. Há ainda a hipótese de que o assassino possa ter usado duas armas diferentes no crime, diante dos projéteis retirados do corpo da vítima.O enterro do corpo do ajudante Whalecy ocorreu no fim da tarde de ontem, no Cemitério Parque Senhora da Paz. Ele foi velado na casa da família, na rua Boston, Vila Militar. A vítima é a 19ª pessoa a ser morta em Ipatinga, após um período de 44 dias sem assassinatos.AmeaçasO DIÁRIO DO AÇO esteve na casa dos familiares do rapaz assassinado. Em conversa com a auxiliar Maria dos Santos Fecundo, de 46 anos, ela revelou que o filho estava ameaçado de morte havia algum tempo. “Ele estava com medo de dormir no seu barraco, aqui ao lado. Eu falava, pedia a ele para não ficar pela rua, mas não adiantou”, contou Maria dos Santos.Ainda abalada com a perda do filho mais velho entre seis irmãos, a auxiliar acredita que o autor do crime vai ser preso. “Quero ver esta pessoa de frente, dar um abraço nela e orar para que ela aceite Jesus e não faça mais isso, deixar esta dor em outra mãe. Tiraram um pedaço de mim”, desabafou.Maria dos Santos revelou que o filho estava separado da mulher, com quem teve um menino, hoje com quatro anos. Ela confirmou o envolvimento do filho com as drogas. “Ele usava drogas, mas não era traficante. Meu filho não tinha nada de bens, morava em um barraco pequeno, nem roupa para ser enterrado ele tinha. Vai usar roupas de um irmão dele”.ÚltimaAo finalizar a entrevista, Maria afirmou que Whalecy estava com medo nos últimos dias e previa que poderia não viver muito tempo. Algumas pessoas teriam procurado por ele durante a madrugada e, um dia antes de ser morto, o rapaz havia profetizado com a auxiliar: “Vou dormir com meu filho, porque será a última vez”.Enquanto a reportagem do DIÁRIO DO AÇO estava na casa dos familiares de Whalecy, o delegado Reinaldo Felício Lima compareceu ao local com a equipe da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV). Eles iniciaram os primeiros levantamentos sobre o assassinato. Os policiais civis, juntamente com policiais militares do Grupo Integrado de Intervenção Estratégica (GIIE), buscam pistas desde o dia do homicídio.
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