20 de julho, de 2008 | 00:00

Preso injustamente vai buscar reparação judicial

Wôlmer Ezequiel


João da Silva exibe a certidão como prova de que não tem mais nada a pagar à Justiça
TIMÓTEO – O jatista João da Silva Barbosa, de 31 anos, promete acionar a Justiça para reparação de danos por ter ficado uma semana preso na cadeia de Timóteo. Ele diz que foi detido por engano, já que havia cumprido a sua pena e mesmo assim existia um  mandado de prisão em aberto no sistema da polícia. Casado há três meses, João da Silva enfrentou problemas sérios. No dia 29 de junho, ao ser abordado por policiais militares na avenida Acesita, bairro Primavera, começou o seu calvário. Os militares descobriram que existia contra ele um mandado de prisão expedido pela Justiça de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, por crime de tentativa de furto.Como é de praxe, João da Silva foi levado para a delegacia e em seguida encaminhado para a cadeia. Porém, a família disse ao DIÁRIO DO AÇO que João da Silva havia sido preso por engano, já que o processo sobre o crime foi arquivado pela Justiça de Contagem em 3 de setembro de 2004. O mandado de prisão que estava aberto já havia sido cumprido anos antes, porém não foi dado baixa no sistema.LiberdadeApós uma semana, João da Silva Barbosa foi solto, mas ainda estava com restrições no sistema de dados da polícia. “Hoje posso ser parado pela polícia sem problema. Mas tive que ir a Belo Horizonte para acertar tudo. Tive muitos gastos, inclusive com advogado”, comentou João da Silva, que nem sabe precisar o prejuízo.Além dos gastos para provar que nada devia, ele perdeu o emprego e a oportunidade de trabalho num outro local onde já estava com a entrevista marcada. Além do prejuízo material, ainda teve o moral. “O pessoal pergunta se fiz algo de errado, alguns não acreditam direito que eu nada devia. Por mais que eu esteja certo, há pessoas que me olham de forma diferente”, desabafou o jatista, mostrando a certidão negativa da 2ª Vara Criminal de Contagem.Pena cumpridaJoão da Silva foi preso em flagrante em julho de 1999 por uma tentativa de furto e, por este crime, recebeu dia 4 de abril de 2002 uma condenação de um ano e quatro meses de reclusão. A pena foi cumprida em Timóteo, onde a Justiça local declarou como extinta a punibilidade em 27 de agosto de 2004, face ao cumprimento da pena. “Vou entrar sim, na Justiça, contra o Estado. Errou demais, é algo velho. Não pode acontecer isso com uma pessoa”, encerrou o jatista.
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