19 de julho, de 2008 | 00:00

Morre pintor esfaqueado no Bugre

IPATINGA - Crime passional é o que acreditam os familiares do pintor Getúlio Antônio Cirilo, de 49 anos, esfaqueado gravemente na localidade de São José do Bugre, zona rural do Bugre, na noite de terça-feira. A vítima não resistiu e morreu horas depois. O acusado pelo crime, lavrador Cláudio Narciso de Oliveira, de 31 anos, também ficou ferido e está sob escolta de policiais no Hospital Márcio Cunha.O corpo do pintor foi enterrado na tarde de anteontem, no cemitério de Taruaçu, localidade de Tarumirim. O cabo Rubens Moreira Cirilo, de 47 anos, irmão de Getúlio, contou ao DIÁRIO DO AÇO que o acusado acabou preso quase por acaso no Hospital Márcio Cunha. “Estávamos preocupados com a saúde do meu irmão e chegou o autor, ferido, acompanhado de uma mulher”, disse.O cabo Cirilo desconfiou da situação e com apoio da equipe do sargento Amorim conseguiu descobrir que o ferido era o envolvido na briga com Getúlio. “Na mesma hora ele recebeu voz de prisão e ficou sob escolta policial. Nunca esperava, como policial, passar por isso na família”, lamenta o PM.Ele esclareceu que o acusado já teve um relacionamento com Leni Gomes da Silva Cirilo, ex-mulher de Getúlio, antes do casamento. “O casal já estava separado havia algum tempo, mas acreditamos que Cláudio agiu por ciúmes. Meu irmão foi atacado pelas costas, quando juntava um material de política que ele pintou”, esclareceu o policial militar.FacadasDe acordo com a PM, Getúlio e Cláudio entraram em atrito na rua Joaquim Lúcio, na localidade de São José do Bugre, por volta das 19h30 de terça-feira. Eles chegaram a trocar golpes de faca. O pintor levou a pior, recebendo pelo menos sete golpes, que atingiram o tórax, abdome e braços. O acusado está internado no Hospital Márcio Cunha II, com escolta policial. Assim que ganhar alta médica vai ser encaminhado para a delegacia de Iapu e autuado pelo homicídio. Getúlio deixou dois filhos com mulheres diferentes e era de uma família com nove irmãos. Além do cabo Cirilo, a família tem outros três militares na família; inclusive o pai da vítima é militar do Exército Brasileiro. “Lamentavelmente, ele nem sabe da morte do filho, porque está muito doente e dissemos que houve um acidente de moto”, contou o cabo Cirilo.