18 de julho, de 2008 | 00:00

Concluído inquérito de filho que morreu ao proteger o pai

FABRICIANO – Concluído o inquérito policial de um duplo crime ocorrido em 28 de setembro de 2006. Jéferson dos Santos César, o Jefinho, vai responder pelo assassinato de André Nunes Pereira, de 26, e pela tentativa de homicídio contra o aposentado Pedro Pereira, 83 anos, filho e pai, respectivamente. André entrou na frente do acusado para salvar o pai e acabou morto com um tiro.De acordo com as investigações feitas pela equipe do delegado Adson dos Santos Camargos, Jefinho agiu motivado por vingança. Ele conheceu na cadeia Moisés Soares Magalhães, suspeito de comercializar drogas na rua Atlético, no bairro Mangueiras. Moisés teria sido denunciado pelo vizinho Pedro Pereira. Pouco depois, Jefinho foi encaminhado para a cadeia de Timóteo, de onde conseguiu fugir em companhia de um amigo e procurou ir atrás da pessoa que teria denunciado Moisés. Jefinho foi até a casa de Pedro e disse a André que iria matar o pai dele. Motivo: Pedro havia chamado a polícia para Moisés. AssassinatoAndré tentou impedir a entrada de Jefinho, porém não conseguiu e foi empurrado para dentro de casa. Ocorreram dois disparos, um deles acertou a mão direita de Pedro e o outro tiro o tórax de André. Os policiais civis Pedro, Alencar e Walton levantaram vários indícios e recolheram informações junto às testemunhas do envolvimento dos suspeitos. Jéferson teria negado o crime, porém foi reconhecido pelos moradores. “Diante do medo que as testemunhas têm de Jefinho, representamos pela prisão preventiva dele”, acrescentou o delegado.Segundo o relatório do inquérito policial concluído Jefinho vai responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado. Atualmente, ele está recolhido na cadeia de Timóteo, preso por outro crime, conforme informou o delegado Adson dos Santos.MoisésUm ano depois, no dia 27 de outubro de 2007, o pivô do assassinato de André acabou morto dentro da antiga cadeia de Coronel Fabriciano. Ele teve a cabeça esmagada com golpes de barra de ferro desferidos por Welton Ramos, de 22 anos, que alegou legítima defesa. Disse que estava sendo agredido dentro do presídio, conhecido como Sucursal do Inferno, hoje desativado.