09 de julho, de 2008 | 00:00

Júri absolve réu por crime ocorrido em 87

IPATINGA - O Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Ipatinga absolveu na tarde de ontem Noé Rodrigues Matos, de 46 anos, acusado de um homicídio ocorrido em dezembro de 1987, no bairro Limoeiro. Noé matou o com um tiro e golpes de faca Sebastião Egídio Rocha, de 51 anos. O júri foi presidido pelo juiz cooperador Consuelo Silveira Neto, que está auxiliando o juiz Maurício Leitão Linhares nos processos das Varas Criminal e de Infância e Juventude. A acusação no julgamento foi feita pelo promotor César Augusto dos Santos e a defesa de Noé pelos advogados José Francisco de Oliveira e Teresinha Baessa Rocha Pereira da Silva.Consta nos autos que, em 17 de dezembro de 1987, Noé desentendeu-se com Sebastião Egídio na rua Manoel Vicente de Araújo, no bairro Limoeiro. Com uma garrucha, disparou um tiro e, em seguida, desferiu várias facadas na vítima. Após o crime ele fugiu e somente foi preso 20 anos depois, em dezembro de 2007, mediante um mandado de prisão.Noé alegou, por meio de seus advogados, que agiu em legítima defesa. O argumento convenceu o Conselho de Sentença que, por unanimidade, acatou a tese de estado de necessidade. O réu teria agido após ser ameaçado e agredido pela vítima. A absolvição foi lida às 15h20 de ontem pelo juiz Consuelo, que determinou a liberação de Noé junto ao Ceresp.DesclassificouO primeiro julgamento da pauta ocorreu na segunda-feira. Sentou-se no banco dos réus Sérgio Pereira de Souza, de 29 anos, pela tentativa de homicídio ocorrida a 22 de agosto de 1999, na rua Pintassilgo, no bairro Vila Celeste. A vítima é Agnaldo Silva Coelho, o “China”, de 30 anos, que escapou por pouco da morte.Por quatro votos a três, o Conselho de Sentença entendeu que o réu não teve a intenção de matar China e desclassificou o crime para lesão corporal. Sérgio foi defendido pelos advogados Pascoal Alves Pereira e Karlesso Santos Nunes. Coube então ao juiz Maurício Leitão sentenciar o réu a um ano de reclusão em regime aberto.