Expo Usipa 2024 02 - 728x90

08 de julho, de 2008 | 00:00

Passeata e clamor por desaparecidos

Wellington Fred


Os integrantes da caminhada passaram por várias ruas de Belo Oriente na manhã de domingo
BELO ORIENTE - Cerca de 500 pessoas participaram da passeata realizada em Belo Oriente na manhã de domingo. Antes da caminhada, os presentes fizeram uma oração. O objetivo do movimento é conclamar as autoridades e sensibilizar as pessoas sobre o problema dos desaparecidos. O caso principal no evento foi o do mecânico José Afonso Pereira, de 41 anos, que saiu do trabalho no dia 30 de abril e nunca mais apareceu.A mulher de José Afonso, Rosane Maria dos Santos Pereira, de 32 anos, disse que a família tem esperança de encontrar o mecânico. “Neste momento já temos amigos na região de Coroaci, onde meu marido teria sido visto. Hoje (domingo) queremos chamar a atenção sobre o problema de desaparecidos”, explicou Rosane Maria, juntamente com familiares e amigos.José Afonso desapareceu ao sair do trabalho, na Expresso Belo Oriente, no horário de almoço. Ele deixou a bicicleta em um sítio dele e sumiu em seguida. Rosane, que estava grávida de oito meses na época, seria levada ao médico. “Ele falou da consulta e pediu folga à tarde para levar a esposa”, afirmou o gerente da empresa, Kléber Cruz Luquini, de 44 anos, uma das últimas pessoas a falar com o desaparecido.Em meio às pessoas, que saíram do posto Boas Novas, na Vila Assis, estava também a doméstica Maria Helena Marcelino, de 38 anos. Ela é irmã do motorista José Wilson Marcelino, 46 anos, desaparecido desde o dia 12 de dezembro de 2007. Ele sumiu após ser preso pela PM em um bar do distrito de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), por desacato, e foi deixado na 1ª Delegacia Regional de Ipatinga. O motorista foi ouvido e liberado pelo plantão, porém nunca mais foi visto.Maria Helena pediu que fosse esclarecido o que aconteceu com o irmão, pai de três filhas. “Ninguém sabe o que aconteceu até hoje. Já olhamos em vários lugares, mas nada de José Wilson. Queremos saber se ele está vivo ou morto. É uma angústia muito grande”, desabafou a doméstica, que estava com amigos e a cunhada na passeata que se encerrou no bairro Novo Oriente, após passar pelas ruas principais de Belo Oriente.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário