05 de julho, de 2008 | 00:00

Família clama por justiça

Wellington Fred


Necilda diz que toda a família está abalada com a morte do irmão, e nega o envolvimento dele com drogas
IPATINGA - Os familiares do pedreiro Nelson Barbosa de Freitas, de 45 anos, exigiram ontem que as autoridades dêem uma resposta sobre a sua execução, ocorrida em Belo Oriente. A vítima foi morta com um tiro no olho esquerdo, dentro de uma casa na rua Quintino Bocaiúva, no distrito de São Sebastião de Braúnas (Brauninhas). A motivação do homicídio, ocorrido na madrugada de anteontem, ainda é desconhecida pela polícia local.A dona de casa Necilda Barbosa de Freitas, de 45 anos, contou que o irmão foi assassinado de forma covarde. “Ele dormia e foi chamado na janela por uma pessoa que o conhecia. Assim que ele abriu a janela o assassino atirou nele, acertando-o no olho. É um absurdo o que fizeram com ele, um rapaz que não tinha inimizades, que era trabalhador e deixou quatro filhos”, desabafou Necilda após o enterro de Nelson.O enterro do corpo ocorreu no cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, após ter sido velado em uma igreja evangélica no bairro Limoeiro, em Ipatinga, onde ele morava. Na casa do pedreiro, na rua Cacau, os familiares estavam revoltados com o ocorrido. “Mataram um pai de família, um homem que tinha vontade de montar um comércio em Brauninhas”, disse Matilde Barbosa de Freitas, 36 anos, outra irmã de Nelson.SonhoA família informou que Nelson deixou dois casais de filhos, uma garota de 22 anos, dois homens de 18 e 14 e uma menina de seis anos de idade. O pedreiro, que era operador de máquinas afastado pelo INSS, comprou um terreno em Brauninhas há quase dez anos e cultivava o sonho de construir lá a sua casa e um anexo, onde pretendia montar uma loja de produtos de R$ 1,99. “Inclusive, ele levou para lá vários objetos comprados nos últimos dias”, acrescentou Matilde.Sobre a pedra de crack encontrada em uma das mãos da vítima, todos foram unânimes em afirmar ao DIÁRIO DO AÇO que Nelson não teria envolvimento com drogas, apesar da suspeita dos policiais. “Para mim é uma farsa, ele não mexia com drogas e não tinha problemas. Estava feliz, foi embora pensando em voltar hoje (ontem) à noite”, frisou Necilda, ainda bastante emocionada com a morte do irmão.
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