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28 de junho, de 2008 | 00:00

Suspeita gera confusão no Centro

Wellington Fred


Muitas pessoas foram atraídas pela movimentação policial na rua Belo Horizonte
IPATINGA - A detenção de quatro pessoas gerou uma verdadeira confusão na rua Belo Horizonte, no Centro da cidade, no fim da tarde de ontem. Os quatro foram detidos sob suspeita de passarem cheques clonados ou fraudados, conforme as primeiras informações da Polícia Militar. O que mais chamou a atenção é que entre os detidos estava o delegado Geraldo Pacífico. Apesar da movimentação, todos negaram qualquer envolvimento com o caso ao serem encaminhados à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) de Ipatinga.O tenente Sanglard disse ao DIÁRIO DO AÇO que, por volta das 16h, funcionários da Tenda Têxtil solicitaram a presença da PM, após consultarem alguns cheques e descobrirem que algumas pessoas estariam passando cheques clonados. “Num dos cheques constava que a conta teria sido aberta em 1999, mas ao consultá-lo descobriu-se que isso ocorreu há apenas 30 dias”, disse o oficial.Sanglard afirmou que os funcionários chegaram a filmar e fotografar os detidos. Uma mulher estaria com eles, mas não foi encontrada. “O delegado Pacífico foi retido no local até a chegada de um outro delegado para conduzi-lo à Regional, como é de praxe”, explicou o militar, ressaltando que esse tempo de espera gerou toda a movimentação de pessoas em volta do local onde ocorreu a abordagem policial.Os policiais apreenderam vários objetos, entre eles cheques em nome de Ana Maria e Silva, que seriam clonados ou suspeitos de adulteração. Uma outra loja teria sido vítima do golpe, local onde teriam sido realizadas algumas compras de roupas. Além de Geraldo Pacífico, foram detidos pela PM: Harin Neiva Rodrigues, 32 anos, Fernando Lima de Freitas, 25 e Fabiano de Jesus Gomes, 34.CandidatoPacífico foi conduzido à delegacia pelo delegado Geraldo Magela, mas até o fim desta edição a confusão não havia sido desfeita. Em conversa com o delegado Pacífico, ele declarou que problema semelhante ocorreu com ele após ter sido candidato a vereador em 2004, repetindo-se agora. “Para que esta celeuma toda?”, perguntava o policial civil.Ele negou peremptoriamente que estivesse em companhia dos outros detidos e disse que apenas as cumprimentou. “Eu os conhecia, assim como conheço muitas outras pessoas. Eles precisaram de ajuda e eu me apresentei para ajudá-los. Não tenho nada com as acusações que me foram feitas, além do que foram apreendidas roupas que comprei na loja Fortune com cheques meus”, declarou, mostrando o talão de cheques.O delegado afirmou que não recebeu voz de prisão dos policiais militares, mas o tenente Sanglard disse ter informado aos quatro que eles estavam presos. “Do jeito que a situação foi conduzida, foi terrível. Não precisava chegar neste ponto. Não tinha cheque meu clonado, os cheques são meus. Eu cumprimentei as pessoas que estavam lá, entrei no local para comprar e não comprei porque não gostei da mercadoria”, disse o delegado Pacífico.O DIÁRIO DO AÇO não chegou a conversar com os outros três detidos. Um deles, Fabiano, ao passar os dados pessoais para ser lavrado o boletim de ocorrência disse várias vezes que não tem nada a ver com o caso e muito menos os outros. Todos os quatro ficaram à disposição do delegado Alexandre Teixeira dos Santos, de plantão na 1ª DRPC.
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