27 de junho, de 2008 | 00:00

Crianças conscientes sobre os danos causados pelas drogas

Wellington Fred


A formatura através do Proerd reuniu policiais, educadores, pais, alunos e lideranças
“Se alguém te oferecer um cigarro, simplesmente ignore... Cigarro pode causar sérias doenças como aborto, perda dos dentes...Se alguém oferecer maconha, mude de assunto, porque com essas pessoas não se brinca”. A redação de Nayane de Paula, da Escola Municipal Virgínia de Souza Reis, mostra o quanto as aulas do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) contribuem na formação dos jovens. Somente ontem, mais 1.200 estudantes se formaram no Colégio Lúcia Casasanta através do projeto, recebendo orientações sobre como evitar a violência e o contato indevido com as drogas, além de questões como a importância da auto-estima, da disciplina e da participação social. O presidente da Fundação ArcelorMittal, Anfilófio Sales, mostrou-se orgulhoso por ter sido escolhido paraninfo da nova turma e deixou uma mensagem para todos os formandos: “Como paraninfo, peço a todos vocês que se lembrem do juramento que cada um fez neste momento, o de se manter longe das drogas e da violência”. A Fundação ArcelorMittal é parceira, juntamente com a Polícia Militar e Superintendência Regional de Ensino, do programa educacional. ExtensãoO major Edvânio Rosa Carneiro, comandante da 85ª Companhia Especial, também destacou o compromisso das crianças e o envolvimento dos pais na prevenção e luta contra as drogas e a violência. Satisfeito com os resultados, principalmente nos três últimos anos, o comandante do 14º Batalhão, tenente-coronel Sebastião Pereira de Siqueira, informa que entre 2002 e 2005 participaram do projeto cerca de 50 mil crianças. “Uma pesquisa mostra que o programa vem conseguindo atingir o objetivo, que é manter as crianças longe das drogas”, revelou o comandante PM.Siqueira, no entanto, lembra que o Proerd é apenas uma medida e que é necessário o engajamento de todos os setores da sociedade no combate à violência. Nesse sentido acredita que a participação dos pais de forma mais direta no programa será mais um passo no combate à criminalidade.Siqueira ainda ressaltou que o programa promove uma maior interação da comunidade com a PM, que, segundo ele, vem provando ser uma instituição preocupada com a educação e com a responsabilidade social. A imagem que o programa tem perante a sociedade é em geral muito positiva, sendo que os próprios pais cobram das escolas sobre a presença do programa na grade educacional.Pais e alunos aprovam O farmacêutico Maurício Gonçalves de Oliveira vê o projeto como uma iniciativa bastante louvável por contribuir na formação das crianças, preparando-as para o futuro. Ana Maria e Gilson de Souza Alves, pais de um dos formandos do Proerd, acreditam na importância da orientação oferecida pelos instrutores voluntários da polícia durante os dez dias de curso. “Esse fortalecimento de valores acontece em um momento muito conveniente na vida das crianças, pois é na fase da pré-adolescência que a curiosidade, aliada aos conflitos internos, oferece uma fragilidade propícia ao contato com o universo das drogas”, concorda o casal. Os reflexos das orientações do programa são observados pelos pais já no ambiente familiar, a exemplo de Andreíza Martins e seu filho Tayrik. “Depois das aulas do Proerd ele constantemente me aconselha a parar de fumar”, diz a mãe. Os ensinamentos não se limitam apenas à resistência ao uso de drogas, como mostra Gustavo Daniel Ribeiro, 9 anos, formando do Proerd que estuda na Escola Estadual Angelina Alves Carvalho. “Além de ficar longe das drogas, aprendemos a tomar decisões corretas, a valorizar a disciplina e a respeitar nossos pais”.
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