24 de junho, de 2008 | 00:00

Acusado de matar mecânico com foiçadas é localizado

Wellington Fred


Segundo a polícia, “Lico” entrou em contradição após ser detido por populares. Raimundo César foi enterrado em Dionísio
FABRICIANO - O ajudante Ermelindo Nascimento, o Lico, de 34 anos, foi preso por populares na noite de sábado ao voltar até o local onde ele matou com golpes de foice o mecânico Raimundo César Rodrigues de Barros, de 48 anos. Os moradores chegaram a espancar o acusado até a chegada da Polícia Militar, escapando de ser linchado.O crime ocorreu na sexta-feira, na rua Mariana Benevides, no bairro Alipinho. Os primeiros levantamentos da PM apontam que o assassinato foi motivado por ciúmes de Lico da relação da sua mulher com a vítima. Raimundo morreu com quatro golpes que acertaram a sua cabeça, pescoço e costas. Após o crime, Lico se escondeu em um matagal, onde ficou por quase 24 horas até voltar ao local do crime, por volta das 19h de sábado.Populares viram o acusado e o detiveram até a chegada da equipe comandada pelo cabo Julimar. A presença dos policiais evitou que Lico fosse linchado pelos moradores, revoltados com o assassinato. O ajudante foi encaminhado ao Hospital Siderúrgica, onde foi medicado, e depois seguiu para a 19ª Delegacia Seccional de Coronel Fabriciano.Em conversa com o acusado, ele demonstrou sinais de distúrbios mentais. Primeiro, alegou que matou a vítima porque ela usava drogas em frente á sua casa. Em seguida, disse que a sua mulher queria se separar dele para viver com Raimundo César. “Não lembro o que eu fiz, nem sei se matei (Raimundo)”, contou, reclamando que precisava tomar seus remédios de uso controlado.ContradiçãoLico também entrou em contradição ao ser questionado se possui outra acusação em Dionísio. Primeiro, confirmou o crime, porém voltou atrás e disse não se lembrar. O DIÁRIO DO AÇO entrou em contato com o Fórum da comarca de São Domingos do Prata, e os funcionários confirmaram um processo dele por crime de lesão corporal. Há também um processo de incidente processual de sanidade mental, comprovado por exames anexos aos autos.Um dos moradores que seguraram o acusado até a chegada da PM refutou as alegações de Lico: “Tudo que ele está dizendo é mentira. Raimundo morava aqui havia 20 anos e nunca teve problemas com os outros. Não mexia com mulheres, conforme ele disse. Era uma pessoa muito querida lá no bairro”, disse o rapaz, revelando ainda que Lico agredia a mulher dele.O acusado foi autuado em flagrante por crime de homicídio pelo delegado de plantão, Márcio Rocha. Após a oitiva, o ajudante acusado de dar os golpes de foice, ferramenta não localizada pela PM, foi encaminhado para o presídio de Coronel Fabriciano.
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