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30 de maio, de 2008 | 00:00

Criança pode ter tomado cachaça de trabalhadores

Wellington Fred


Antônio e Marta disseram que o filho Luiz Henrique pode ter bebido com algumas pessoas que trabalhavam nas proximidades
ANTÔNIO DIAS - A Polícia Civil recebeu ontem uma informação que pode ajudar a elucidar a estranha morte do estudante Luiz Henrique Agostinho da Cruz, de sete anos. De acordo com os pais do garoto, que perdeu a vida sob suspeita de coma alcoólico, havia trabalhadores em um terreno próximo à casa deles e que poderiam ter dado ou até deixado para trás a cachaça, bebida apontada como a causadora do óbito do menino.A informação foi repassada pelo auxiliar de serviços Antônio Agostinho Quaresma, de 29 anos, juntamente com a mulher dele, a dona de casa Marta Silvério da Cruz, de 24 anos. Eles eram esperados na manhã de ontem na delegacia de Antônio Dias. Como não foram, o guarda municipal Adeilson, a pedido do delegado Alexsander Esteves Palmeira, convidou o casal ao Córrego da Mangorreira para ser ouvido.O DIÁRIO DO AÇO acompanhou o guarda até a casa de Luiz Henrique para cumprir sua missão. O pai dele revelou que algumas pessoas estavam trabalhando em um terreno nas proximidades, adquirido há pouco tempo. “Elas (as pessoas) estavam naquele terreno, onde meus filhos brincavam. Minha mulher disse que de lá ele (Luiz) veio e foi direto para o quarto”, contou o auxiliar, apontando para o terreno, distante 100 metros de sua casa.Marta Silvério informou que o filho chegou em casa após brincar com o irmão mais novo, de quatro anos. “Eu estava fazendo o almoço e ele vomitou algo parecido com cachaça. Infelizmente, não sabemos o que ocorreu, mas um outro garoto disse que ele tomou algo pensando que era água. Só pode ser isso”, contou a mulher.
Reprodução


Luiz Henrique
ConhecidasDe acordo com moradores de Antônio Dias, as pessoas que estavam trabalhando no terreno são velhas conhecidas na cidade e têm o costume de beber muito. Os nomes desses trabalhadores serão repassados para a Polícia Civil. O delegado Alexsander deve intimá-los para que possam se explicar sobre o caso. “Outra informação é que o menino teria tomado uma injeção, segundo o pai, para subir a taxa de glicose. Temos que saber o que realmente foi isso, pois pode ser que provocou uma reação alérgica”, comentou.O policial civil acrescentou ao DIÁRIO DO AÇO que ainda deve ouvir o médico Rogério Machado, que atendeu o menino no Hospital Vital Brazil, em Timóteo. O objetivo é saber a quantidade de líquido aparentando ser cachaça retirada do estômago. O garoto deu entrada no sábado passado e morreu na madrugada de segunda-feira, após ficar em coma profundo, tendo a respiração auxiliada por máquinas.
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