28 de maio, de 2008 | 00:00

Criança pode ter morrido de coma alcoólico

ANTÔNIO DIAS - O delegado Alexsander Esteves Palmeira deverá instaurar inquérito para apurar a morte do estudante Luiz Henrique Agostinho da Cruz, de apenas sete anos de idade. Ele estava internado desde o sábado no Hospital Vital Brazil, em Timóteo, e morreu na madrugada de ontem sob suspeita de coma alcoólico. A vítima morava no Córrego da Mangorreira, zona rural de Antônio Dias. Quase um litro de cachaça teria sido constatado no corpo do menino.De acordo com o relatório do médico Rogério Machado, enviado junto com o corpo de Luiz Henrique para o IML de Ipatinga, o menino deu entrada sábado no hospital com sintomas de coma alcoólico. Ele ficou em estado grave, não conseguia respirar e foi auxiliado por aparelhos. O exame de tomografia apontou edema cerebral, ou seja, inchaço do cérebro, o que teria provocado a morte do estudante.O médico ainda citou no seu relatório que teria retirado, segundo os legistas, por meio de lavagem estomacal, quase um litro de aguardente. No Instituto Médico Legal a necropsia não conseguiu determinar a causa da morte do estudante. Possivelmente devido ao tempo que se passou do dia do fato até a data de ontem. O corpo foi liberado para a família no início da tarde.O DIÁRIO DO AÇO conversou com o pai do menino, o auxiliar de serviços gerais Antônio Agostinho Quaresma, de 29 anos, que providenciava a liberação do corpo junto a uma funerária de Timóteo. Ele disse que a criança brincava no quintal de casa com outro irmão, de quatro anos. “Minha mulher disse que ele chegou com estes sinais e vomitou. O cheiro era de bebida, demos banho nele, chá e o colocamos para dormir”, alegou Antônio Agostinho.BebidaO pai afirma que não tem bebida alcoólica em casa, pois está há três anos sem beber. “Agora não sei o que aconteceu, pois o local é o mesmo onde ele costumava brincar com o irmão. Falam que era bebida, mas fiquei sabendo que ele foi submetido a um exame de sangue no hospital e não teria dado nada. Não sabemos o que realmente ocorreu”, disse. Antônio Agostinho descarta a hipótese de o filho ter bebido álcool doméstico.O delegado Alexsander, que responde pela delegacia de Antônio Dias, disse que vai conversar com os profissionais do IML de Ipatinga, porém vai instaurar um procedimento com o objetivo de investigar o ocorrido. “É um fato estranho, que carece de mais informações. Como houve morte, vamos instaurar um inquérito como determina a lei”, adiantou o policial ao DIÁRIO DO AÇO.
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