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04 de agosto, de 2007 | 00:00

Polícia Civil começa apurar morte de preso

TIMÓTEO - As testemunhas da prisão do pintor Saulo de Aguiar, de 28 anos, que morreu posteriormente na cadeia de Timóteo, já começaram a ser ouvidas na delegacia. Houve divergências entre os depoimentos delas, mas uma afirma que existiu agressão. Saulo morreu na cadeia depois de ser preso no último dia 28 de julho, ao ser flagrado por policiais militares no distrito de Cachoeira do Vale. Ele portava um revólver calibre 32 e, segundo a família, Saulo morreu vítima de espancamento dos policiais.A vítima foi detida na avenida Minas Gerais e encaminhada para a cadeia, sendo autuada em flagrante pelo delegado Astrogildo Valério por porte ilegal de arma de fogo.Saulo reclamava de dores na barriga, mas não falou que era espancamento. “Com certeza estava com medo de denunciar a agressão”, disse a mãe dele, a dona de casa Maria da Penha de Aguiar, de 54 anos.A reportagem do DIÁRIO DO AÇO teve acesso à certidão de óbito de Saulo de Aguiar, que consta do inquérito policial presidido pelo delegado Francisco Pereira Lemos. Segundo o médico-legista Sérgio Maurício Alves, do Instituto Médico-Legal de Ipatinga, a causa da morte do pintor foi “peritonite fecal, ruptura de alças intestinais, impacto de (em) objeto ou meio contundente”.Os policiais civis ouviram algumas testemunhas, com depoimentos divergentes se houve ou não agressão no momento da abordagem policial. A oitiva de L.L.S., de 21 anos, foi a mais complicada em relação aos PMs. Ela contou que retornava da casa de uma amiga e notou a movimentação do outro lado da avenida. A garota identificou Saulo e notou que já estava no chão e, em volta dele, três policiais militares.ChutouA garota alega que viu o policial militar mais alto chutar em varias partes do corpo de Saulo. O sangue chegou a sair pela boca. Os outros dois policiais ficaram olhando a agressão e, com medo de alguma retaliação, ela resolveu ir para casa traumatizada com a cena.Em outra declaração, um rapaz alega que viu a prisão de Saulo, a cerca de dez metros. Ele conta ainda que viu o tumulto em volta do rapaz, quando era detido, mas não foi possível notar se o pintor era agredido violentamente como disse a outra testemunha. Já um comerciante alega ter apenas escutado dizer que um dos policiais pisou na garganta do detido.Saulo de Aguiar deixou três filhos, um com a atual mulher dele, que está grávida de nove meses. Os familiares já estiveram no Ministério Público pedindo providências em relação aos policiais militares das supostas agressões que teriam sido cometidas contra o rapaz. A família dele, moradora do distrito de Cachoeira do Vale, exigiu que tudo seja apurado.
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