28 de julho, de 2007 | 00:00

Fugitivo é confundido após denúncia no Linha Direta

Reprodução


A polícia está à procura de Mário Fofoca, acusado de ser o mandante de um triplo homicídio
IPATINGA - A apresentação de fotos de um foragido da Justiça no programa Linha Direta, na última quinta-feira, pela TV Globo, levou policiais militares até uma outra pessoa com problemas judiciais. É o comerciante Genézio Henrique Pereira, de 48 anos. Quando o abordaram no bairro Vila Celeste, os militares descobriram a existência, contra ele, de um mandado de prisão expedido pela Comarca de Ipanema, onde é acusado de cometer uma tentativa de homicídio.Os policiais militares da Rotam 16, equipe composta pelo sargento Martins, cabos Jackson, Eustáquio e Ricardo, receberam informações anônimas de que um homem, que se encontrava num bar, seria o foragido mostrado no programa da Globo. A PM foi até a avenida Luíza Nascimbene, no Vila Celeste, e deteve o comerciante Genézio.Ele negou ser o denunciado no Linha Direta, Mário Lúcio Ferreira, o Mário Fofoca, 51 anos, acusado de ser o mandante de um triplo homicídio ocorrido no dia 30 de outubro de 2000 em Guarantã do Norte (MT). Diante da denúncia grave, Genézio mostrou a carteira de  identidade para os militares. Ao conferiram os dados junto à Central de Operações da PM, os policiais descobriram um mandado de prisão na Comarca de Ipanema contra ele.Genézio foi encaminhado para a 1ª Delegacia Regional de Ipatinga para prestar esclarecimentos. Segundo os policiais, o comerciante está há pouco tempo residindo na cidade.HomicídioSegundo dados do programa Linha Direta, Mário Fofoca, o procurado, é acusado de planejar a morte dos fazendeiros Luiz e Kátia Carrijo, e do caseiro Edivaldo Bueno da Silva. Um ano antes do crime, o pecuarista Mário Fofoca resolver fazer uma queimada em suas terras para renovar a área de pastagem. O fogo se alastrou e incendiou a fazenda de Luiz e Kátia. Eles foram obrigados a denunciar o pecuarista para não serem incriminados pela queimada. Mário foi multado em quase R$ 10 mil e, contrariado com o alto valor, decidiu matar Luiz e Kátia. Ele contratou um ex-empregado de Luiz, José da Silva Macedo, o Zé Preto, para executar o crime. Durante quatro dias, Zé Preto ficou em um acampamento montado a cerca de 100 metros da fazenda e observou cada passo do casal.Ele rendeu Kátia, amarrou as mãos dela para trás com uma corda e a esfaqueou dentro do banheiro. Luiz e Edivaldo chegaram e também foram rendidos. Zé Preto executou Luiz e antes de esfaquear Kátia fez com ela assinasse alguns cheques. Depois, matou o caseiro Edivaldo com um tiro na cabeça. Enquanto acontecia o velório, a polícia descobriu que um homem havia trocado uma folha de cheque de Kátia. Zé Preto foi preso e confessou que contou com a ajuda de um outro bandido, do qual as autoridades questionam a existência. Ele também denunciou Mário como mandante do crime. Zé Preto foi condenado a 56 anos e continua preso. Mário Fofoca foi condenado a 19 anos de prisão, mas fugiu da Cadeia de Peixoto de Azevedo (MT) em 2002.
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