20 de maio, de 2008 | 00:00

Blitz termina com um motorista baleado

Reprodução


O frentista Rafael, inabilitado, acabou ferido na barriga em blitz no bairro Cidade Nobre
IPATINGA - Uma abordagem policial durante operação da PM, na noite de sábado, acabou terminando com uma pessoa baleada. O frentista Rafael Pereira Correa, de 18 anos, foi atingido na barriga com um tiro de pistola calibre 40. O disparo foi feito pelo soldado Ubiratan Prado, ao tentar se desviar do carro que o frentista dirigia. A família de Rafael alega que foram dois tiros e que não houve tentativa de atropelamento do policial.De acordo com a Polícia Militar, Rafael dirigia o Ford Escort placas JKV-8849 (Ipatinga) e não teria obedecido à ordem de parada durante a Operação Cavalo de Aço. A barreira policial estava armada na avenida Carlos Chagas, no bairro Cidade Nobre. Segundo a PM, o motorista teria jogado o veículo em direção ao soldado Prado e, quando esse tentou se desviar do veículo, ocorreu um disparo de pistola que atingiu o pára-brisa do Escort. O projétil acertou a barriga do frentista, que estava acompanhado de uma namorada. Os próprios policiais militares socorreram o rapaz ao Pronto-Socorro Municipal, transferindo-o depois para o Hospital Márcio Cunha.Rafael passou por uma cirurgia para a retirada do projétil e não corre risco de morte. Os militares registraram uma ocorrência de lesão corporal tendo como autor o soldado Prado. E uma outra por falta de habilitação da vítima. O carro foi apreendido e o policial militar encaminhado para a sede do 14º Batalhão, com a arma usada ficando à disposição da Justiça Militar. Na tarde de ontem, familiares e testemunhas foram ouvidas no Inquérito Policial Militar (IPM) aberto para apurar o procedimento do soldado. A mãe de Rafael, Teresa das Graças Pereira Correa, disse ao DIÁRIO DO AÇO que houve dois disparos, e não um. “Os médicos me disseram que meu filho teve um projétil retirado e que outro ficou para ser removido depois. Ele teve vários órgãos perfurados e o estado de saúde dele é grave”.ParandoTeresa disse que a namorada do filho contou que Rafael estava parando o carro, mas como estava nervoso por ser inabilitado teria dado um ‘tranco’ no Escort. “Ele não tentou atropelar o soldado”, afirmou Teresa logo após chegar do 14º Batalhão, quando os envolvidos foram ouvidos pelos militares responsáveis pelo IPM.A capitão Marcineli Cristina, assessora do 14º BPM, disse que o fato está sendo esclarecido. “O policial não tinha a intenção de atirar, mas a ação dele vai ser apurada. A principio ele agiu para se defender de um possível atropelamento. Pelo menos, inicialmente, ele deu apenas um tiro. Acredito que o projétil pode ter se partido no impacto contra o pára-brisa, mas apenas a perícia vai apontar isso”, disse a oficial.
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