09 de maio, de 2008 | 00:00

Mototaxista desaparecida pode estar morta

Ossada encontrada em Belo Oriente pode ser de Adriana Terumi

Wellington Fred


Os policiais civis e militares foram informados por trabalhadores rurais sobre a ossada em Belo Oriente
IPATINGA - A localização de uma ossada humana ontem pode pôr fim às buscas que duram três anos em torno do desaparecimento da mototaxista Adriana Terumi Onaka de Belli, na época com 20 anos. Ela sumiu em fevereiro de 2005 ao sair para fazer uma corrida e, desde então, nunca mais foi vista. Os ossos foram encontrados por trabalhadores braçais empresa KTM, em meio a eucaliptos em Belo Oriente. A descoberta ocorreu anteontem, no fim da tarde, porém a polícia só foi avisada na manhã de ontem. A princípio, o braçal Geraldo de Souza, de 32 anos, pensou que se tratava de uma brincadeira do amigo que o avisou sobre a ossada humana. “Ele falou comigo da ossada e vim conferir para ver o que realmente era”, contou ao DIÁRIO DO AÇO, ainda assustado com o achado.O cabo Rildo, do Destacamento da Polícia Militar de Perpétuo Socorro (Cachoeira Escura), em Belo Oriente, registrou a ocorrência. Ele acionou a perícia da Polícia Civil. A ossada estava há pelo menos dois quilômetros da BR-381, próximo à divisa com Santana do Paraíso, em um acesso fora da estrada principal a 18 quilômetros de Ipatinga.Os peritos Izaque Vasconcelos e José Batista recolheram vários ossos espalhados em uma distância de cinco metros junto a um eucalipto. O crânio apresentava uma perfuração na nuca de tiro, conforme constatou o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga. Os peritos voltam hoje ao local em busca de mais pistas.AvaliaçãoDevido à compleição dos ossos, de uma pessoa de baixa estatura, e a idade da ossada, cerca de três anos exposta ao tempo, o auxiliar de necropsia Nilton de Oliveira, o “Pé-na-cova”, chamou o médico-perito José Dupim. Outro detalhe, os legistas chamaram o pai de Adriana, que encaminhou várias radiografias da arcada dentária e também do pulso fraturado da filha, em um acidente de motocicleta.Pela opinião dos profissionais do IML, há pelo menos 90% de chances de a ossada ser mesmo de Adriana. Os peritos vão tentar localizar o projétil que atingiu a nuca do crânio e também de mais ossos, porque o esqueleto não está completo. “Pelos dentes, tenho quase a certeza. O ideal para se confirmar é a realização de um DNA”, comentou Pé-na-cova.O desaparecimentoAdriana desapareceu na noite de 25 de fevereiro de 2005 ao sair para atender uma corrida como mototaxista. Apesar da boa condição financeira da família - o pai trabalhava para uma multinacional japonesa no Japão, ela garota gostava de ter seu trabalho. Ela foi vista com vida pela última vez no posto AP Magalhães, na rotatória do bairro Jardim Panorama, onde abasteceu a moto.
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