26 de abril, de 2008 | 00:00

Falta de jurados adia julgamento

Reprodução


A professora Zelândia Laviola Marques do Carmo: a família promete continuar lutando em busca de justiça
FABRICIANO – Ainda não foi desta vez que os familiares da professora Zelândia Laviola Marques do Carmo, morta a facadas aos 32 anos, viram o julgamento de um dos acusados pelo crime. Na manhã de ontem, devido à falta do número mínimo de jurados para o Tribunal do Júri, o juiz José Clemente Piedade de Almeida adiou, para o fim do próximo mês, o julgamento do aposentado Edmilson Eduardo de Oliveira, 51 anos. Ex-marido da vítima, ele é apontado como mandante do assassinato da professora.Não é a primeira vez que um júri em Coronel Fabriciano é adiado por falta de quorum dos jurados, o que levou o Judiciário local a realizar campanha para a adesão de novos membros da comunidade ao corpo de jurados da comarca. Na manhã de ontem, a falta de presentes ao sorteio para os sete integrantes do Conselho de Sentença obrigou José Clemente a adiar a sessão.O promotor Francisco de Assis Santiago, do II Tribunal do Júri de Belo Horizonte e que trabalhou em mais de mil júris em sua carreira, foi designado pelo Ministério Público para representar a acusação. A defesa do aposentado Edmilson é realizada pelos advogados Jayme Rezende, Marcelino Martins Barros e Vera Lúcia de Carvalho Lage Oliveira.Para os familiares, mesmo havendo problemas no quorum de jurados, o adiamento do julgamento teria sido uma manobra da defesa. Eles garantiram que estarão no Fórum no próximo Júri para cobrar justiça pela morte da professora. Além do ex-marido Edmilson, Benedito de Oliveira, o Bené, também é acusado de ser um dos autores da execução da vítima, mas seu julgamento foi desmembrando do processo e ele irá a júri em outra oportunidade.O crimeA morte da professora ocorreu no dia 23 de abril de 1999, na rua Alvino Olegário, no bairro Alipinho. Ela foi atacada em casa por dois homens, sendo amarrada e torturada pelos assassinos, que a esfaqueram nas costas e pescoço. Os filhos de Zelândia, um garoto de sete e uma garota de 11 anos, que estavam na casa, foram trancados em um outro quarto. Os dois estão hoje com 16 e 20 anos, respectivamente.Edmilson chegou a ter sua prisão decretada pela Justiça em setembro de 1999, a pedido do delegado Alexsander Esteves Palmeira, mas conseguiu a liberdade. Para o delegado, o aposentado não aceitava o fim do casamento e vivia ameaçando a ex-mulher. O réu nega qualquer envolvimento na morte da ex-mulher, assim como Bené também nega ter participação na execução da professora.
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