03 de abril, de 2008 | 00:00

Justiça absolve irmão de Juliano e condena amigo

Fotos: Wellington Fred


Acusados alegaram que não participaram do assassinato do detetive Lahyre em Belo Oriente
AÇUCENA - Encerrado no início da noite de ontem o julgamento na Comarca de Açucena dos acusados de participarem do assassinato do agente da Polícia Civil Lahyre Paulinelli Magalhães, em junho de 2005, em Belo Oriente, e que culminou numa chacina no município em janeiro de 2006. Carlos Antônio Brito Araújo, de 25 anos, foi condenado a 12 anos e 4 meses de prisão, enquanto Pedro Júnior Cândido Alves Ferreira, de 22, irmão de Juliano Batista Ferreira, de 26, recebeu absolvição. Ao contrário do Júri de Juliano, que foi condenado a 14 anos de prisão, na última segunda-feira, houve pouco interesse da população sobre os trabalhos da Justiça durante o dia de ontem. Mesmo assim, a Polícia Militar manteve o mesmo esquema de segurança, com 15 policiais comandados pelo tenente Elizeu Barbosa. A entrada no plenário da Câmara só era permitida para as pessoas previamente credenciadas.Os acusados estavam recolhidos no Ceresp de Ipatinga e foram escoltados por seis agentes do Grupo de Intervenção Estratégica, da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho (PDMC), em Ipaba, coordenados pelo diretor de segurança Edmar Soares. Uma viatura da PM acompanhou o carro da PDMC até a cidade de Açucena, chegando por volta das 8h.A juíza Marli Maria Braga Andrade, que presidiu o Tribunal do Júri, sorteou cinco homens e duas mulheres para compor o Conselho de Sentença. A acusação foi realizada pelo promotor Carlos Eduardo Dutra Pires, que veio do Ministério Público da Comarca de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A defesa feita pelo advogado José Barbosa de Andrade.

Carlos foi condenado a 12 anos e 4 meses de prisão, sentença lida no início da noite
DefesaOs depoimentos de Pedro e Carlos seguiram a mesma linha da defesa: negativa de autoria. O irmão de Juliano disse que no momento do crime estava em casa, com um dos filhos. Ele confirmou ter participado do furto dos porcos, que resultou na prisão dos acusados e gerou  revolta em Juliano, que teria sido agredido pelo policial civil. Porém, o acusado negou o envolvimento do irmão neste furto. No final do seu depoimento, Pedro Júnior se disse injustiçado: “Estou preso e os assassinos de minha família estão soltos”.Carlos alegou que não participou do crime, mas que viu Juliano armado no dia, em um bar. “Ele disse que iria tombar um e me contou o que iria fazer. Tentei fazê-lo mudar de idéia e cheguei a ficar a 300 metros da casa do detetive, mas voltei”, afirmou Carlos, que entrou em contradição em outro trecho. O acusado informou que Juliano pediu para chamar por Lahyre para que saísse de casa. Porém ele estaria a uma boa distância da residência.No plenário, apenas os familiares de Lahyre e algumas pessoas que compõem o corpo de jurados da Comarca, não sorteados, acompanharam o trabalho da defesa e acusação até o final. Após nove horas, o Conselho de Sentença absolveu Pedro Júnior pelo homicídio e considerou Carlos culpado. Ele foi condenado a 12 anos e 4 meses de prisão, porém os dois acusados voltaram para o Ceresp de Ipatinga, por medida de segurança. A defesa adiantou que vai estudar se recorre da pena de Carlos. “De Juliano, estive conversando com ele e acho por bem não recorrermos”, antecipou o advogado José Barbosa.
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