Expo Usipa 2024 02 - 728x90

02 de abril, de 2008 | 00:00

MP pede novo exame de DNA no caso Fernanda

TIMÓTEO - O Ministério Público da Comarca de Timóteo devolveu o inquérito à Polícia Civil para que realize novas diligências sobre o caso Fernanda Tamara da Silva Rosa, de 15 anos, morta dia 12 de dezembro do ano passado. A equipe do delegado Francisco Pereira Lemos chegou a um comerciante da cidade, acusado do crime, porém a Promotoria acredita que há necessidade de mais investigações, entre elas até a possível realização de um novo exame de DNA.O inquérito foi concluído na segunda-feira da semana passada, dia 24 de março, e o relatório repassado pelo delegado Lemos ao DIÁRIO DO AÇO durante uma audiência da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na Câmara Municipal da cidade. No inquérito ficou evidenciado que um comerciante da cidade seria o responsável pela morte e a violência sexual contra a estudante, crime ocorrido no bairro Novo Tempo.O delegado ainda concluiu que o indiciado teria uma “preferência” por adolescentes e, no transcurso das apurações policiais, ele teria coagido testemunhas para poder comprovar a inocência. “Ao refazermos as investigações, nós descobrirmos que ele (comerciante) teria montando álibis para confirmar seu depoimento na delegacia”, revelou o delegado durante a Audiência Pública realizada para discutir a violência na cidade.No encerramento das investigações, Lemos pediu que a imprensa não divulgasse o nome do indiciado até que o Judiciário concedesse a prisão preventiva, solicitação feita pelo delegado. Porém, com a entrada de um recurso da defesa do comerciante, atrasou-se a concessão do mandado, que acabou não saindo. Outro detalhe é que a promotora criminal, Daniele Naconeski, entendeu que ainda faltam alguns detalhes sobre o caso Fernanda.InquéritoDaniele devolveu o inquérito para a delegacia de Timóteo e solicitou outras diligências sobre o caso. O delegado Lemos confirmou a devolução do inquérito e disse ao DIÁRIO DO AÇO que uma das apurações a ser feita é a realização de novo exame de DNA. No transcurso das investigações, iniciadas pelo delegado Nivaldo Antônio da Conceição, que se aposentou, o comerciante indiciado e mais dois suspeitos cederam material genético para o exame.Porém, o DNA deu negativo na comparação com a amostra de material retirado dos genitais da adolescente. Nenhuma das amostras dos três suspeitos foi considerada igual à que havia no corpo da vítima. O Instituto de Criminalística da Polícia Civil apontou que não havia material masculino no corpo, ou seja: umas das hipóteses é que a vítima pode ter sofrido violência sexual praticada por um homem com camisinha.Essa hipótese também foi levantada pelo delegado Lemos, ao assumir a presidência do inquérito policial. Ele relatou que o comerciante deu carona para Fernanda e tentou manter relações sexuais com a garota, agarrando-a pelo pescoço. Na tentativa da ação, acabou estrangulando a adolescente, desovando o corpo dela na rua Rio Grande do Sul, no bairro Novo Tempo, próximo ao Cefet-MG. Sumiram, segundo a polícia, os chinelos e ainda uma caixa de bombons.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário