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01 de abril, de 2008 | 00:00

Polícia prende acusados de morte no Cachoeira do Vale

Wellington Fred


Ricardo alegou que comprou as duas armas de um caminhoneiro por R$ 250
TIMÓTEO - Em menos de 24 horas, a polícia identificou e localizou dois acusados pela morte do ajudante Cleidmar Costa dos Santos, de 22 anos, ocorrida na tarde de sábado. Na manhã de domingo, policiais militares e civis prenderam o ajudante Paulo Ricardo Bispo Miranda, o conhecido “X-tudo”, de 18 anos, e apreenderam um adolescente de 16 anos. Os dois confessaram que participaram do crime na esquina das ruas Bahia e Piauí, no distrito de Cachoeira do Vale.Como já foi divulgado pelo DIÁRIO DO AÇO na edição de domingo, a vítima foi baleada nas costas e saiu correndo pela rua Piauí, onde caiu no portão da casa de número 26. Testemunhas relataram o envolvimento de Ricardo X-tudo no crime, o que acabou sendo confirmado durante trabalho de militares e policiais da equipe do delegado Francisco Pereira Lemos.As armas - uma garrucha calibre 38 e uma cartucheira 32 - foram jogadas no rio Piracicaba, próximo ao distrito de Cachoeira do Vale, local que passou por um “pente-fino” pela equipe do sargento Correa, do Corpo de Bombeiros de Coronel Fabriciano. Apesar das buscas, as armas não foram encontradas pelos militares.As localizações de X-tudo e do adolescente possibilitaram a apuração do crime que teria sido motivado por uma dívida de drogas, o que foi revelado pelos acusados. Para dirimir qualquer dúvida relacionada ao caso, o delegado Lemos realizou na tarde de domingo uma reconstituição, acompanhada pelo DIÁRIO DO AÇO.De acordo com acusados, eles cercaram Cleidmar e o mandaram ajoelhar. No momento do disparo, ele correu. Foi quando houve outro disparo. Já ferida nas costas, a vítima ainda tentou buscar socorro numa residência, onde acabou caindo mortalmente. Há suspeita de que uma das armas foi dada pela mãe de X-tudo, Ronilda Bispo, de 39 anos. “Ele pode ter pegado a arma quando eu não estava em casa”, alegou Ronilda. A situação também é investigada pela Polícia Civil.DívidaOs acusados contaram que resolveram matar Cleidmar após pagarem uma dívida de R$ 15 referente a maconha. “Mesmo pagando a conta, ele dizia que iria tomar qualquer coisa de valor que estivesse com a gente. Então resolvemos agir e tomar uma providência para acabar com isso”, alegou o adolescente após a reconstituição.Ricardo X-tudo negou que uma das armas fosse da mãe. “Comprei as duas de um caminhoneiro por R$ 250, porque ele (Cleidmar) estava ameaçando a gente. Com a garrucha calibre 38 o enquadrei e mandei que ajoelhasse, mas ela mascou na hora do tiro”, revelou o ajudante, que foi taxativo ao falar sobre o crime: “Não estou arrependido, porque ele me ameaçava de morte”.Vítima ficou de joelhos e pediu para não ser mortaO delegado Francisco Pereira Lemos disse ao DIÁRIO DO AÇO, logo após a reconstituição realizada no distrito de Cachoeira do Vale, que ficou evidenciado o plano para matar Cleidmar Costa dos Santos, na tarde de sábado. “Ele pediu, ajoelhado, para não morrer. Mesmo assim, os dois autores tiraram a vida dele, sem dó e nem piedade”, informou Lemos, responsável pelas investigações.Os dois acusados, Paulo Ricardo Bispo Miranda, o “X-tudo”, e o adolescente, foram encaminhados para a 19ª Delegacia Seccional de Coronel Fabriciano. Eles foram autuados em flagrante pelo homicídio de Cleidmar. A mãe de X-tudo poderá responder criminalmente caso seja comprovado que ela era dona de uma das armas usadas no homicídio. O delegado Lemos voltou a ressaltar que, em Timóteo, agora há uma parceria importante para a comunidade. “Eu já conversei com o major Edvânio Carneiro para podermos agir em conjunto. É importante que todos estejam unidos, como a PM, a PC, o Ministério Público e o Judiciário. Desde o momento que aconteceu este crime, a gente está trabalhando no caso. Eles vão responder pelo que fizeram atrás das grades”, finalizou.
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