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19 de março, de 2008 | 00:00

Eletricitário cai de torre e morre na Venezuela

MESQUITA – O eletricitário Pedro Anício Ferreira, 39, que era casado com a agente de saúde Vera Dolizete Anício Oliveira, 40, morreu na semana passada, em Caracas, na Venezuela, após cair de uma torre de transmissão, Ela reclama que, desde a semana passada, tem recebido notícias bastante desencontradas e não sabe com exatidão como teria ocorrido o acidente.Conforme Vera Oliveira, as notícias que chegam desde a terça-feira, 11,  quando teria ocorrido o acidente, vêm de amigos de Pedro Ferreira que estão em Caracas. “A cada dia muda a história. Conversei com o Luís (brasileiro, proprietário da empresa Sadeven S.A) e ele me disse que, no dia seguinte, o corpo do meu marido seria enviado ao Brasil. Mas dois dias depois disse que não foi possível realizar o traslado, solicitando ainda o envio de alguns documentos. Fiz tudo conforme o combinado, mas ainda assim o corpo do Pedro não chegou ao Brasil”, diz Vera Oliveira.Morando em Caracas há um ano e dois meses, Pedro Ferreira morreu quando passava fibras óticas numa torre. A família não soube informar a altura da queda. Todas as informações foram repassadas pelos amigos que, desde a quinta-feira, 13, estão proibidos de falar com as esposas no Brasil sobre o ocorrido. “A gente fica aqui sem saber o que realmente aconteceu. Liguei para a empresa em Caracas, mas como não sei falar o idioma fiquei sem entender o que era dito”, lembra.Vera diz ainda que um supervisor, brasileiro, falou com ela por telefone. “Ele me destratou muito, dizendo que na ‘Venezuela ninguém iria comer o corpo do meu marido’”, conta.PromessaDe acordo com a agente de saúde, o prazo dado pela firma para que o corpo fosse trasladado era ontem pela manhã, mas até às 16h ninguém na Venezuela havia entrado em contato. “Continuo esperando alguma resposta para que alguma coisa seja feita em benefício do meu marido”, ressalta. Vera Oliveira diz que ninguém na empresa dá as informações corretas e que ainda não foi falado em indenização. “É difícil ficar aqui no Brasil sem informação e ainda por cima ter pessoas na Venezuela zombando da dor dos outros. Vamos dar o nosso próprio tempo antes de tomar alguma medida”, esclarece a agente de saúde.
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