CADERNO IPATINGA 2024

05 de março, de 2008 | 00:00

Polícia traça metas para apurar crimes

Chacina de Belo Oriente também investigada por equipe da capital

IPATINGA - Os delegados Fausto Ferraz e Marcelo Manna, da Divisão de Crimes contra a Vida (DCcV), especializada de Belo Horizonte, iniciaram ontem os trabalhos para apuração de crimes ocorridos na região e ainda sem esclarecimento. Entre eles, a “Chacina de Belo Oriente”, investigada com apoio dos detetives da Delegacia Adjunta de Crimes contra a Vida (DACcV) de Ipatinga.O delegado Fausto disse que por enquanto não pode dar informações sobre o trabalho. Ele está com mais dez agentes e escrivães de Belo Horizonte, equipe dividida com o colega Marcelo Manna.  A meta principal, no momento, é apurar a morte do adolescente Luís Alfredo Martins, o Luizinho, 14 anos, que teve a cabeça decapitada e jogada na casa de um capitão da PM.O delegado ressaltou que além do assassinato de Luizinho será investigado o desaparecimento do motorista José Wilson Marcelino, de 46 anos, ocorrido no dia 12 de dezembro passado após ser preso pela PM em Belo Oriente e deixado em Ipatinga. Também está em apuração a execução do ajudante de montador Eules dos Santos Ricardo, de 23 anos, que era de Belo Horizonte e foi morto a tiros no dia 11 de dezembro, na rua Campinas, no bairro Veneza I.Ele ainda disse ao DIÁRIO DO AÇO que também vai levantar alguns dados sobre o caso da Chacina de Belo Oriente, crime ocorrido em 14 de janeiro de 2006, quando foram mortos a mãe, irmão e o cunhado de Juliano Batista Ferreira, de 26 anos, acusado de matar o detetive da polícia civil Lahyre Paulinelli Magalhães, em maio de 2005. “Vamos aproveitar para avançar nas investigações”, informou Fausto.Ainda ontem, a mãe de Luizinho, a dona de casa Marinalda Martins da Costa, de 37 anos, prestou novo depoimento à polícia, desta vez para a equipe de Belo Horizonte, na 1ª Delegacia Regional de Ipatinga. Outras pessoas foram ouvidas pelos policiais que estão trabalhando em conjunto com o Grupo Integrado de Intervenção Estratégica (GIIE), formado por membros das polícias Militar e Civil de Ipatinga.DepoimentoLuizinho iria depor na tarde de ontem para o juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, titular da 2ª Vara Criminal de Ipatinga. Ele era testemunha de acusação contra o advogado Luiz Carlos Vieira, o Lóis, de 53 anos, que responde a dois processos por envolvimento sexual com menores. Mesmo assim houve a audiência normal, segundo o juiz, com a audição de três testemunhas de defesa.Outra duas de defesa, moradoras de Caratinga e Mesquita, serão ouvidas por carta precatória. O réu no processo não compareceu à audiência, apenas os advogados dele, José Barbosa de Andrade e Vera Lúcia Vieira, irmã de Lóis. Recolhido numa penitenciária de Belo Horizonte, o acusado alegou problemas de saúde, além de evitar constrangimento de passar por nova sessão.O processo tem hoje quase mil páginas e ainda sem data para ser concluído. Outro processo também corre na Justiça, mas na 1ª Vara Criminal, sob os cuidados do juiz Maurício Leitão Linhares. Também por acusação de envolvimento do advogado com adolescentes. Os policiais civis de Belo Horizonte estiveram no Fórum recolhendo dados sobre o menor assassinado.
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