20 de fevereiro, de 2008 | 00:00

Resgatadas vítimas de afogamento

Carlos Cruz


Os bombeiros ainda procuram o corpo de Elias Caetano, que pulou no rio para tentar salvar a esposa
DA REDAÇÃO - O Corpo de Bombeiros resgatou na manhã de ontem os corpos dos irmãos João Carlos Marques da Silva, 8 anos, e Daniele Marques da Silva, 10 anos. Os dois foram levados pela correnteza do Rio Casca, no fim da tarde de domingo, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata. Além dos irmãos, morreram os pais deles, Luciana Marques de Oliveira, 33 anos, e o lavrador Elias Caetano Vieira, 33. A filha mais velha do casal, Joyce Kelly, de 12 anos, também morreu afogada ao tentar salvar os pais. O corpo de Joyce estava preso no mato, à margem do rio, e foi encontrado na segunda-feira, a cerca de 600 metros do local do acidente. Minutos depois, os bombeiros localizaram o corpo de Luciana. Os corpos foram encaminhados para necropsia em Ponte Nova e, no final da manhã de ontem, liberados para o sepultamento, que ocorreu no cemitério de Jequeri. Os bombeiros estão à procura do corpo de Elias Caetano. De acordo com a Polícia Militar, ele pulou nas águas para socorrer a esposa que estava se afogando, mas também foi puxado pela força da correnteza. Joyce Kelly e seus irmãos Daniele e João Carlos também tentaram socorrer os pais. Como não sabiam nadar, todos se afogaram. O estudante Marcos Antônio Viana Moreira, 15, irmão de Caetano, ao presenciar a tragédia, tentou socorrer as vítimas e também começou a se afogar, mas foi salvo pelo lavrador Enísio Elias, 27. Ele o agarrou pelo braço e o retirou do rio. Dezenas de pessoas, entre parentes e amigos das vítimas, auxiliaram os militares do Corpo de Bombeiros. De acordo com o cabo da Polícia Militar de Santo Antônio do Grama, Rivelino Ribeiro, as vítimas moravam no povoado de Córrego do Bálsamo, na zona rural de Jequeri, e foram até o rio se refrescar do forte calor que fazia na região. “Não existe nenhum indício de as vítimas terem ingerido bebida alcoólica. Apuramos que a família estava num momento de lazer quando aconteceu o incidente. Essa prainha fica entre as cidades de Santo Antônio e Jequeri e é bastante procurada por banhistas da região”, comentou o policial. A cidade de Jequeri, com pouco mais de 12 mil habitantes, está abalada com a tragédia. O lavrador Edson Antônio Lima, 46 anos, lembrou que várias pessoas já morreram no local, que é considerado bastante perigoso pelo Corpo de Bombeiros devido aos bancos de areia, pedras e a forte correnteza.
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