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02 de fevereiro, de 2008 | 00:00

Aposentado é assassinado com golpes de cavadeira

Polícia procura acusados de latrocínio em um matagal

Fernando Carvalho


Nedina foi amarrada junto com a filha e o neto
AÇUCENA - Os moradores de Açucena amanheceram chocados na manhã de sexta-feira com a notícia de um crime bárbaro ocorrido por volta das 22h da noite anterior. O aposentado Levico Xavier de Souza, 70 anos, foi assassinado com golpes de cavadeira em sua residência, em Córrego Mirante, zona rural de Açucena. O crime foi configurado como latrocínio (roubo seguido de morte), em que estariam envolvidos três homens. Até o fechamento desta edição, a polícia ainda não havia prendido os acusados de cometer o crime. Contudo, segundo o sargento Silvânio Rone de Souza, eles já foram identificados. “Durante as investigações, ficamos sabendo que os três acusados residem no Córrego São Francisco, no distrito de Aramirim (que pertence a Açucena). Fomos lá em diligência, mas no local recebemos informações de que os suspeitos fugiram para o meio do mato. Vamos continuar rastreando”, informou o sargento. A família de Levico também sofreu na mão dos assassinos. Nedina de Freitas Lima Souza, 63 anos, esposa de Levico, contou ao DIÁRIO DO AÇO que três homens chegaram chamando pelo marido, pronunciando o seu apelido, que seria “Levi”, e solicitaram que o aposentado lhes emprestasse algumas ferramentas. Enquanto foi pegar os objetos no fundo da casa, os outros dois comparsas amarraram Nedina, juntamente com Luciene de Souza, 18 anos, única filha do casal, e um neto de 14 anos. Ao voltar com as ferramentas, os assassinos renderam Levico com um punhal e uma arma de fogo. Eles começaram a bater no aposentado e a pedir dinheiro referente à suposta venda de uma moto. Na seqüência, os assassinos desferiram vários golpes de cavadeira em Levico, que morreu na hora. O adolescente de 14 anos conseguiu desamarrar as suas mãos, cortando a corda com os dentes, e pediu socorro a vizinhos, que acionaram a polícia.
Reprodução


Levico foi torturado cruelmente antes de ser morto
Como não encontraram dinheiro, os ladrões roubaram um aparelho de som, dois celulares, um relógio e um aparelho de DVD. Em tom de ameaça, os criminosos chegaram a colocar uma faca no pescoço de Luciene de Souza quando ela pediu aos assassinos que não levassem o chip do seu celular. Transtornada, Luciene ainda não conseguiu voltar para casa e está na residência de vizinhos.RevoltaOs amigos e familiares de Levico Xavier estão revoltados com o assassinato do aposentado. O assistente social Leandro Júnior de Lima, 25 anos, que era colega de Levico, disse que ele não tinha problemas com ninguém. “O Levico era uma pessoa muito tranqüila. Nunca ouvi dizer que ele tinha qualquer tipo de inimizade. Era um senhor trabalhador e honesto”, assegura.Conforme os familiares, o corpo de Levico será enterrado na manhã de hoje, em Açucena. Ele foi velado na noite passada, na igreja Presbiteriana da cidade. Mulher ouviu os gritos do marido durante a torturaNedina de Freitas Souza relata que ouviu os gritos de dor do marido quando ele era assassinado. “Eles bateram muito nele. Eu ouvia: ‘Cadê o dinheiro, cadê o dinheiro’? E meu marido respondia: ‘não tem dinheiro’. E os assassinos voltavam a dizer: ‘cadê o dinheiro da moto preta que eu vi aqui sábado?’. Depois percebi que o Levico parou de gritar, foi quando percebi que o tinham matado”, conta Nedina.A versão da esposa de Levico revela que os assassinos do seu marido podem ter se confundido sobre a moto. Segundo Nedina, a moto que estava em sua residência no sábado era de cor verde, e não preta, e pertence ao namorado de Luciene de Souza. “Os criminosos podem ter confundido as motos”, disse.Nedina esclarece que há uma outra moto, a do filho dela, Wellington de Freitas, 37 anos, com outro homem. Ele deixou sua moto com o Levico. “Como meu marido não tinha carteira, ele perguntou ao Wellington se poderia vender a moto. Meu filho autorizou, porém a moto não foi vendida. Então meu marido realmente não tinha o dinheiro que os assassinos queriam. Acredito que eles fizeram confusão com relação às motos, pois a que eles viram no sábado era do meu genro”, conta Nedina.
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