11 de janeiro, de 2008 | 00:00

Adolescentes apreendidos com 288 pedras de crack

Polícia faz batida no Limoeiro e desarticula ponto de tráfico

Bruno Jackson


As pedras de crack, o dinheiro e o restante do material apreendido foram levados para a Delegacia de Ipatinga
IPATINGA – O saldo de uma batida policial realizada na manhã de ontem, no bairro Limoeiro, impressionou até mesmo os militares que participaram da operação. Foram apreendidas 288 pedras de crack na casa de dois adolescentes de 17 anos. Na primeira residência, a PM encontrou 253 pedras de crack, uma balança de precisão digital, um cordão de prata e R$ 253. Na segunda casa, os policiais encontraram 35 pedras de crack, uma bucha de maconha e outro cordão de prata. Segundo informações da PM, o adolescente que guardava as 253 pedras de crack seria “mula” (nome dado à pessoa que transporta drogas). As pedras de crack pertenceriam ao segundo menor, acusado de ser traficante. Este, inclusive, já foi apreendido em outra oportunidade com 47 pedras de crack. Quando chegou à outra casa, M.H.O., 38 anos, mãe do menor acusado de tráfico, teria jogado uma bucha de maconha em um lote vizinho. Ao vasculhar o local, os policiais encontraram o produto. M.H. e os dois menores foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil, no Centro. Na tarde passada, todos os acusados seriam ouvidos pelo delegado de Tóxicos, Geraldo Magela. Conforme o sargento Sérgio da Silva, a ação teve como objetivo desarticular o intenso tráfico de drogas em alguns redutos do bairro Limoeiro. “Ao todo, fomos a três casas. Na primeira não encontramos nada. Já na segunda e na terceira encontramos um total de 288 pedras de crack. O que assusta é que há muitos menores envolvidos com tráfico na cidade, a exemplo dos dois que foram detidos hoje”, comentou o militar.DefesaM.H.O. negou à reportagem que teria jogado fora uma bucha de maconha quando viu os policiais. “Não joguei nada fora. Além disso, lá em casa não tinha crack, deve ser alguém que colocou. Meu filho é usuário de drogas sim, mas ele não trafica e nem guarda nada lá em casa”, alegou a mãe de um dos menores. AudáciaDurante a revista na primeira casa de um dos menores, no bairro Limoeiro, a Polícia Militar se deparou com uma antiga forma de profissionalização do tráfico de drogas. No segundo andar da residência havia uma corda que, quando acionada por um comprador, descia com a droga amarrada. “É um sistema bastante arcaico, mas que infelizmente ainda é usado com eficiência pelos traficantes”, disse o sargento Amador Francisco Neto, que também acompanhou a operação.
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