28 de dezembro, de 2007 | 00:00

“Lóis” é ouvido pela juíza em Ipatinga

Polícias Civil e Militar armam forte esquema de segurança no Fórum

IPATINGA - As polícias Civil e Militar montaram um forte aparato para o depoimento do advogado Luiz Carlos Vieira, o Lóis, de 53 anos, na tarde de ontem. Ele prestou esclarecimento sobre os dois processos judiciais de acusações de envolvimento sexual com adolescentes. Lóis está preso por meio de dois mandados de prisão preventiva decretados pela Justiça Criminal de Ipatinga.Denunciado pelo Ministério Público, Lóis estava recolhido na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, para onde voltou após a audiência no Fórum de Ipatinga. Ele veio transferido na tarde de anteontem, e dormiu no Ceresp de Ipatinga, para a oitiva feita à juíza Marli Maria Braga Andrade, de plantão na Comarca de Ipatinga.Lóis chegou algemado ao Fórum numa viatura da Polícia Civil e com apoio de viaturas da PM. Ao aguardar o momento de ser ouvido, ele chorou muito e foi consolado por uma irmã, também advogada. Outros familiares do acusado também estiveram no local. Colegas de Direito dele também estiveram acompanhando o caso.Ele prestou depoimento em dois processos. Num deles, Lóis teria um filho com uma adolescente de 12 anos na época. A menina também compareceu com a criança para depor neste processo. A mãe da menor, muito abalada com toda a história, teve que ser medicada com apoio do Conselho Tutelar. O outro processo é também de envolvimento com adolescente.AcompanhamentoLóis teve acompanhamento de três advogados durante as oitivas realizadas na 1ª e 2ª Varas Criminais de Ipatinga, que decretaram os mandados de prisão. Neste entra-e-sai das salas de audiências, o advogado se mostrou abatido e foi amparado por seus familiares. Ele saiu no fim da tarde para o Ceresp, onde iria pernoitar para ser encaminhado novamente à Penitenciária Nelson Hungria.Durante o tempo que está preso, desde o dia 15, Lóis já tentou o relaxamento de prisão, sem sucesso. Agora tenta com o advogado Obregon Gonçalves, advogado criminalista de Belo Horizonte, habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ele ainda corre risco de perder a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pois está no Conselho de Ética, e pela conversa com alguns advogados, a Ordem estaria disposta a punir Lóis.