18 de dezembro, de 2007 | 00:00

Ex-preso assassinado no Morada do Vale

Vítima pode ter sido atraída para uma “casa de caboclo”

Wellington Fred


Edvaldo morreu com um tiro no tórax durante a madrugada de domingo
FABRICIANO - A 19ª Delegacia Seccional de Coronel Fabriciano está às voltas com mais um homicídio registrado no domingo. O ex-presidiário Edvaldo da Silva Canuto, 25 anos, morreu com um tiro no tórax durante a madrugada. Familiares acreditam que ele foi atraído para uma “casa de caboclo”, ou seja, levado para uma cilada no beco 3 da rua Vale do Tefé, Morro Serra Pelada, no bairro Morada do Vale. Moradores contaram ao DIÁRIO DO AÇO que escutaram dois tiros por volta das 2h de domingo. “Escutei em seguida um grupo de pessoas correndo, igual a cavalos. Não saí de casa com medo de levar algo na cara”, disse uma mulher, sem se identificar, enquanto a Polícia Militar realizava o registro da descoberta do corpo de Edvaldo. Ele estava sem identificação e seu nome só foi descoberto após a remoção do corpo para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga, assim que o perito Isac realizou os trabalhos de praxe. A mãe de Edvaldo, a doméstica Dorotilde da Silva, de 51 anos, foi informada que encontraram o filho dela e providenciou a identificação do corpo já no IML.Com várias passagens pela polícia, Edvaldo estava em liberdade condicional há quatro meses, conforme informou sua mãe. O corpo do filho dela foi velado no apartamento da família, na rua Paraná, no bairro Caladinho de Baixo, onde a reportagem do DIÁRIO DO AÇO esteve na manhã de ontem. “Meu filho foi levado para ser morto naquele local. Tenho consciência disso”, acredita a doméstica.
Reprodução


A identificação do corpo de Edvaldo só foi feita após para o IML
AlmoçoDorotilde contou ainda que o filho deixou uma mulher e não tinha filhos. “Estava previsto para ele almoçar comigo ontem (domingo). Não sei se estava sendo ameaçado por alguém, porque não me disse nada”, contou, pouco antes de sair o funeral para o enterro, ocorrido no início da tarde de ontem no cemitério de Coronel Fabriciano.Durante a confecção do Boletim de Ocorrência da PM, o cabo Francino recebeu uma informação-anônima que pode ajudar na apuração do crime. A denúncia apontou que os autores seriam um rapaz morador do bairro Planalto II, em Ipatinga, outro morador da mesma rua onde ocorreu a execução, e ainda uma terceira pessoa identificada apenas como “Pedro”.
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