12 de dezembro, de 2007 | 00:00

Montador é executado com 2 tiros no Veneza

Polícia suspeita que vítima foi confundida com outra pessoa

Reprodução


Eules dos Santos tinha 23 anos
IPATINGA - O assassinato do ajudante de montador Eules dos Santos Ricardo, de 23 anos, é mais um mistério para a equipe da delegada Adeliana Xavier dos Santos. Ele foi morto a tiros durante a madrugada de ontem na rua Campinas, no bairro Veneza I, quando voltava com amigos após um lanche. Morador de Belo Horizonte, a vítima esteve em Ipatinga pela primeira vez. Há suspeita de que Eules tenha sido morto por engano após ser confundido com um rapaz que teria envolvimento com drogas.O crime aconteceu por volta das 2h, conforme contaram para a PM as testemunhas, colegas da vítima. Elas são funcionárias da empresa Lojas das Festas, que foi responsável pela montagem de palco e outras instalações do Centro Integrado Sesi-Senai Vale do Aço. Por volta de meia-noite, saíram para jantar no bar do Gilson, na avenida Macapá, e depois voltaram para o Senai.No trajeto feito a pé, os três rapazes foram abordados por ocupantes de uma Parati, cor prata, modelo geração III, vidros escuros e com os faróis apagados. Eles não souberam informar a quantidade de pessoas no seu interior. O carona estava com uma arma de fogo longa e determinou que o trio ficasse com as mãos em um muro. Eules ficou entre os colegas, quando houve dois disparos que acertaram as suas costas.O rapaz gritou de dor e saiu correndo para um lado, enquanto os seus colegas de serviço corriam para outro. Eules caiu de bruços em frente ao número 160 da rua Campinas, onde morreu, conforme a equipe do Samu que atendeu a vítima. O perito Roberto encontrou uma cápsula de calibre 38 próximo ao corpo da vítima. No Instituto Médico Legal (IML), os legistas constataram duas perfurações nas costas do rapaz.
Wellington Fred


De acordo com João Manoel, o filho nunca tinha vindo ao Vale do Aço
RevoltaO crime revoltou a família de Eules, que esteve ontem providenciando o traslado do corpo dele para Belo Horizonte, onde morava. O pai do ajudante, carpinteiro João Manoel Ricardo, de 51 anos, contou ao DIÁRIO DO AÇO que o filho caçula trabalhava há dois anos na empresa e nunca tinha vindo ao Vale do Aço. “Sou daqui da região, tenho irmãos em Ipatinga, porém meu filho nunca esteve aqui anteriormente”, disse o carpinteiro, morador do bairro Santa Efigênia, na capital mineira.Ele informou que o filho ficou animado com a vinda à região para conhecer alguns primos, mas não esperava que voltasse em um caixão. “Peço às autoridades que apurem o que aconteceu. Meu filho não tem nenhum problema em BH e muito menos aqui. O que fizeram foi uma execução, parecendo coisa de grupo de extermínio”, disse João Manoel, alegando que vai procurar a Assembléia Legislativa de Minas Gerais para exigir a devida apuração do fato.EnganoA reportagem levantou que uma das linhas de investigação adotada pela Polícia Civil no caso é um assassinato ocorrido por engano. Eules teria muita semelhança com um homem acusado de envolvimento com drogas na cidade e que escapou recentemente da morte no Centro de Ipatinga.
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