28 de novembro, de 2007 | 00:00

Mais uma absolvição em Ipatinga

Júri acata tese de negativa de autoria em homicídio no Forquilha

Wellington Fred


Tonho teria confessado o crime à Polícia Civil, mas negou a autoria perante o juiz
IPATINGA - Em quatro horas o Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal absolveu o ajudante Antônio Lemos de Oliveira, de 33 anos, pelo assassinato ocorrido em 20 de abril de 1993 na avenida Forquilha, bairro Forquilha. A vítima só foi identificada pelo apelido de “Negão”, sendo enterrada como indigente após a polícia não conseguir identificá-lo melhor. O réu foi julgado num processo no mínimo curioso, aberto após um depoimento de Tonho Lemos à Polícia Civil por um outro crime. Ele falou durante sua oitiva ao delegado que teria matado Negão, crime que estava sem autoria definida. Porém, no depoimento prestado perante o juiz Maurício Leitão Linhares, presidente do Tribunal do Júri, ele negou ser o autor deste crime. Tonho Lemos foi defendido pelo advogado Sebastião Rubens Pinheiro, que conseguiu por maioria dos votos emplacar junto ao Conselho de Sentença a tese de negativa de autoria. O representante do Ministério Público, promotor César Augusto dos Santos, tentou manter a denúncia de homicídio duplamente qualificado, rejeitada pelos jurados. O réu veio recambiado de uma penitenciária de Contagem, onde cumpre condenações por diversos crimes contra o patrimônio e contra a pessoa. AbsolviçõesTonho Lemos é a segunda pessoa a ser absolvida pela última pauta do Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal. Anteontem, a dona de casa Elvira Lino Bernardes, de 67 anos, também teve a tese de negativa de autoria acatada ao ser julgada pela morte do marido, o cabo da PM reformado Geraldo Severino Bernardes. Ele foi morto a canivetadas em 19 de junho de 1987, porém o filho do casal, Renato Bernardes, assumiu a autoria do crime e morreu antes de ser julgado. OutrosHoje prossegue a pauta do Tribunal do Júri com o julgamento de José Geraldo Alves, o Tizeca, de 28 anos, acusado de tentativa de homicídio contra o armador Alair de Freitas em fevereiro de 2002. O crime ocorreu na rua Jardineira, no bairro Bom Jardim. O réu será defendido pelo advogado Joel Lacerda e Silva. A pauta encerra esta semana com o julgamento de Eli José Luciano, de 46 anos, acusado de matar Antônio Geraldo Araújo no bairro Vila Celeste, em outubro de 2005, e vai ser defendido por Marco Túlio Netto Ragazzi.
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