23 de novembro, de 2007 | 00:00

Identificados três suspeitos por assassinato em cadeia

Imagens da TV dos Vales, afiliada da Rede Record, ajudaram ontem a polícia na identificação dos suspeitos pela execução de Wágner da Silva Cardoso, de 33 anos, que era conhecido Capixaba.

A princípio foi levantado como motivação do crime o envolvimento da vítima com a mulher de um preso recolhido no Ceresp de Ipatinga. Esta pessoa teria dado a ordem de execução, conforme a suspeita dos policiais civis que investigam o caso.

Capixaba foi assassinado anteontem durante o horário de visita. Ele foi morto com nove golpes de chuço, de acordo com as primeiras informações do Instituto Médico-Legal (IML) de Ipatinga. A vítima foi esfaqueada em um canto do segundo andar da precária cadeia. As imagens gravadas pela TV dos Vales mostram o grupo correndo e, em seguida, a vítima mortalmente ferida cambaleando até cair no pátio. A mulher dele, de prenome Cristiane, veio recentemente transferida do Ceresp de Ipatinga.

Desesperada, também foi flagrada pela TV

Os policiais, sob o comando do delegado regional Sebastião Rodrigues Costa e do seccional Astrogildo Valério, passaram o dia assistindo a gravação da TV. Por meio de repetição e eliminação de suspeitos, eles chegaram a três pessoas: Márcio Sandro Laranjo, o “Gatão”, de 27 anos, Celesias Juvenal da Cruz, de 25, e Eduardo Drumond Silva, de 19 anos.

Os três foram autuados por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa do ofendido. “Vamos ouvir mais testemunhas, colher mais dados para chegar aos envolvidos. Pelas imagens, nota-se cinco pessoas correndo depois da agressão contra Capixaba”, comentou Astrogildo.

O DIÁRIO DO AÇO acompanhou o trabalho de apuração deste crime e notou semelhanças dos acusados com as imagens gravadas pela TV dos Vales. Em conversa com os acusados, eles negaram qualquer envolvimento com a execução de Capixaba. “Quem fez isso agiu errado. Tinha família nossa lá e teve gente que saiu chorando assustado”, disse Celesias, preso por furto, acrescentando que não tem coragem de matar ninguém.

Já Eduardo negou também que esteve envolvido com o crime. “Estava com minha namorada, na minha cela. Não sei de nada, apenas que as pessoas que mataram Capixaba escolheram o dia errado”, informou Eduardo, condenado por latrocínio (roubo seguido de morte). Gatão também se defendeu negando participação. “Não fui eu. Ele (Wágner) passou por mim já ferido”, disse o suspeito, recolhido na cadeia por assalto.

O temor dos presos suspeitos pela morte de Capixaba é quanto a uma possível retaliação dos outros detentos da precária cadeia. Pelo regulamento existente em qualquer presídio, o dia de visita é considerado sagrado e de muito respeito. Pelo fato ocorrido, a polícia civil por enquanto vai manter os detentos suspeitos na cadeia de Coronel Fabriciano.
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