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28 de outubro, de 2007 | 00:00

“Alemão” executado em escadaria no Bethânia

Wellington Fred


“Nos últimos dias, meu marido quase não dormia à noite”, revelou a viúva Leila
IPATINGA - O ajudante de montador de andaimes Alexandro de Lima Silva, de 34 anos, que era conhecido como “Alemão”, foi assassinado por um homem desconhecido na madrugada de ontem, na escadaria Sete da rua Pusco, próximo à sua casa, no bairro Bethânia. Envolvido com drogas desde a adolescência, Alexandro dizia para a família nos últimos dias que estaria suspeitando da presença de pessoas estranhas no bairro. Por enquanto a polícia continua sem pistas da autoria desta nova execução.A Polícia Militar informou que um homem claro, de cabelos curtos e não identificado passou pela casa de Alexandro. Ele gritou que o ajudante havia sido baleado, recado escutado pela mulher da vítima, a dona-de-casa Leila Adriana Batista Penha, de 31 anos, grávida de sete meses. Assim que os policiais militares, acionados por Leila, chegaram ao local, foi constatado que o rapaz já estava morto.No local, o perito Luiz Carlos apreendeu duas cápsulas de pistola semi-automática calibre 380 e registrou duas perfurações na cabeça da vítima provocadas por tiros, próximo ao olho e nuca, lado esquerdo. O corpo de Alexandro foi removido ao Instituto Médico Legal de Ipatinga depois dos trabalhos periciais na cena do crime.A reportagem do DIÁRIO DO AÇO esteve na casa de Alexandro e conversou com a viúva. Ainda abalada com toda a situação, Leila informou que o marido era usuário de drogas, porém nunca teve problemas com a polícia. “Inclusive os policiais militares verificaram junto ao sistema de dados do Copom que ele não tinha antecedentes”, frisou a mulher.
Reprodução


“Alemão” morreu com dois tiros na cabeça
RevelaçãoEla fez uma revelação importante. O marido, nos últimos dias, estava inquieto, preocupado com alguma coisa, porém não contou se estava sendo ameaçado. “Quase que não dormia durante a noite; era como se estivesse vigiando a gente. No dia que saiu para o trabalho, viu duas pessoas próximas ao campo do Itamaraty e disse que alguém poderia morrer no morro”, lembrou.O casal tem dois filhos, um de dez anos e outro de um ano e três meses de idade. Além disso, Leila está grávida com a previsão para dar à luz em dezembro. Na sua avaliação, a impunidade está demais. “Está havendo muitas mortes, sem solução. Meu marido até brincava que não tinha medo de morrer, que já viveu muito tempo e não se preocupava em largar as drogas, crack e maconha. O único medo dele era que acontecesse algo comigo ou os filhos”, finalizou.Alexandro “Alemão” era funcionário da TC Montagens. Ele morreu após trabalhar pelo primeiro dia na empresa. O enterro do corpo da vítima ocorreu no fim da tarde de ontem, no cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II, onde ocorreu o velório.
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