23 de outubro, de 2007 | 00:00

Fábrica de salgados é incendiada

Adolescentes incendiários estão de volta e provocam prejuízos

IPATINGA - Os moradores do bairro Veneza I estão novamente em pânico. O motivo é a volta de dois adolescentes com várias passagens pela polícia e que aterrorizam a comunidade. Na madrugada de ontem eles incendiaram uma fábrica de salgados para festas, na rua Campinas, no Veneza. O prejuízo foi calculado em mais de R$ 15 mil. Recentemente a dupla foi apontada como os responsáveis pelo incêndio numa loja de colchões no tradicional prédio Balança-mas-não-cai, em 22 de junho deste ano, na esquina com a rua Petrópolis com avenida Macapá.A dupla estava desfeita desde a internação do adolescente mais velho, recolhido no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp). Porém, no início deste mês ele foi solto e se juntou mais uma vez ao colega. Testemunhas viram os dois correndo após iniciarem o incêndio na Telesalgados, situada na rua Campinas. Eles teriam falado que hoje sairiam na imprensa”, conforme apontou um morador, revoltado com a ação.Os dois entraram por uma janela basculante e depois de ficarem um tempo no interior da fábrica de salgados atearam fogo no local. Assim que o comerciante chegou, por volta das 6h, também apareceram os policiais do Corpo de Bombeiros, que debelaram as chamas no comércio de salgados para festas.O comerciante Ronaldo Antônio Vieira, de 38 anos, disse que por enquanto não tem como repor o prejuízo sofrido. “Deve beirar os R$ 18 mil, pois queimou geladeira, freezer, microondas e outros equipamentos. Estamos reféns destes adolescentes”, desabafou Ronaldo, durante a tentativa de recuperar algo no seu comércio.AutoridadesRonaldo pediu que as autoridades da cidade façam algo a respeito dos adolescentes incendiários. “A única coisa que posso pedir é o apoio da população. Tenho dois funcionários e meu ganha-pão é aqui”, disse, pedindo para divulgar os seus telefones 9988-3946 ou 3821-6332. “Caso alguém precise comprar salgados para festa”.Enquanto o DIÁRIO DO AÇO esteve apurando informações sobre o incêndio, outros moradores destilaram ‘veneno’ contra os dois menores infratores. Um rapaz falou que a população deve agir por contra própria para “dar conta” do menor. “Tem comerciante aqui que fica dando guarita para estes vagabundos. Qualquer hora a gente  perde a paciência e pode até acontecer algo de pior com estes dois”, disse, sem se identificar.ReincidênciaEm 22 de junho, a madrugada foi de terror para os moradores do edifício Geraldo Ourivio, conhecido popularmente como “Balança-mas-não-cai”. Uma loja de colchões da fábrica Vale do Aço foi completamente destruída por um incêndio. Os dois adolescentes são apontados como autores deste fogo que mobilizou todo o Corpo de Bombeiros diante do medo de que as chamas se espalhassem pelo prédio onde residem dezenas de pessoas.