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16 de outubro, de 2007 | 00:00

Queda de ônibus mata seis entre Minas e Rio

Coletivo da Rio Doce partiu de Fabriciano sentido ao Rio de Janeiro

Fotos: TV Panorama e Marco Fagundes/TV Alterosa


Ônibus saiu de Fabriciano na noite de domingo. Pelo menos três das vítimas são da região
ALÉM PARAÍBA - O feriado de Nossa Senhora Aparecida foi marcado por mais um grave acidente de trânsito. No início da madrugada de ontem seis pessoas morreram após a queda do ônibus da Viação Rio Doce, que partiu na noite de domingo do Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano com destino ao Rio de Janeiro. O acidente ocorreu na BR-116, no município de Além Paraíba. Pelo menos três pessoas que morreram no acidente eram moradoras do Vale do Aço.O ônibus da Viação Rio Doce, placas GWI-7316 (Caratinga), saiu de Coronel Fabriciano às 19h30 de domingo, com chegada prevista para 5h de ontem, no Rio de Janeiro. A empresa informou que o coletivo era de um horário extra disponibilizado devido ao feriado prolongado e estava com pelo menos 39 passageiros. O coletivo ainda parou nas rodoviárias de Ipatinga e Caratinga.Por volta de 1h, por motivos ainda desconhecidos, o motorista José Erilton de Jesus, de 35 anos, perdeu o controle do coletivo, que saiu da pista e despencou de uma altura de 60 metros em Além Paraíba. Ele capotou várias vezes durante a queda. Não se sabe ainda a causa do acidente, mas informações da imprensa daquela região apontam a possibilidade de um dos pneus ter estourado. Outra hipótese levantada é sobre um possível cochilo do motorista.VítimasAs vítimas feridas foram encaminhadas ao Hospital São Salvador (HSS) e Pronto-Socorro Municipal Sílvio Geraldo França, ambos em Além Paraíba. Alguns feridos foram levados também para Leopoldina, cidade distante 50 quilômetros. Atendidos no HSS, Guilherme Morais, a mãe dele, Lindalva de Morais, Maria das Graças Almeida Rosa, Leni Teixeira, Maria Aparecida Rosa, Valter Martins de Oliveira, José Alcides, Roberto Carlos Rodrigues de Oliveira, Orlando Martins dos Reis, José Maria Ferreira, Emanuel Ferreira Coelho, Edson Ferreira Queiroz, Romildo Natal Gouveia, Rodrigo Lopes da Silva, Evandro de Souza, e Maria Lúcia de Barros.Atendidos ainda Cirlei Viana Lopes Silva, Adriano de Oliveira, Alexandre Dias de Jesus, Nely Ferreira de Castro, Maria Alice de Barros e Débora Araújo da Conceição. No Pronto-Socorro Municipal Sílvio Geraldo França, Cláudia Ducilene foi atendida e transferida para o HSS. Neste PS, oito passageiros foram atendidos com ferimentos leves e liberados, conforme a direção.MortosMorreram no acidente, Maria da Conceição Gomide de Castro, que morava no Rio de Janeiro, quando recebia atendimento médico; Terezinha Fornes dos Reis, residente em Duque de Caxias/RJ; e Marise Azevedo Rodrigues, que morava em Caratinga. As vítimas que residiam em Ipatinga são Aguinaldo Ferreira Gomes, Sebastião Antônio dos Santos e o motorista José Erilton. Os corpos foram levados para o IML de Leopoldina e liberados na tarde de ontem.O superintendente de Operações da Viação Rio Doce, José Geraldo Ferreira, informou que a empresa sediada em Caratinga está prestando total assistência às vítimas do acidente. A viação acionou a seguradora e se comprometeu a arcar com todas as despesas de hospital das vítimas.

O motorista José Erilton residia no bairro Veneza, em Ipatinga
Motorista da Rio Doce era casado e tinha dois filhosO DIÁRIO DO AÇO esteve na casa do motorista da Rio Doce, José Erilton de Jesus. Ele morava na rua Niterói, 586, no bairro Veneza, em Ipatinga. José Erilton era casado com Sílvia de Lourdes Alves de Amaral de Jesus, de 28 anos, e deixou dois filhos, Yasmim, de cinco meses, e Weverton, de seis anos de idade. Sílvia informou que o marido estava com familiares em Ubaporanga e saiu para o trabalho.A empresa determinou que o funcionário assumisse o ônibus reforço colocado pela empresa para atender a grande demanda no fim do feriado. “Ele me ligou às 19h da rodoviária de Fabriciano e seguiu viagem. Fui informada do acidente hoje (ontem) pela manhã”, revelou a viúva, que acrescentou o excesso de trabalho do marido. “Eles dobraram o horário dele. Era para estar de folga”.O marido de Sílvia trabalhava na Rio Doce há quase sete anos. O corpo estava previsto para chegar à região ontem à noite e ser velado na residência do casal. O enterro estava programado para ocorrer na manhã de hoje, no Cemitério Parque Senhora da Paz, no bairro Veneza II.Morreram 17 nas estradas de MinasA Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou durante a Operação Nossa Senhora Aparecida, balanço divulgado ontem, 17 mortos nas estradas mineiras nos três dias dos trabalhos realizados no Estado. Da 0h de sexta até a meia-noite de domingo, a PRF registrou 262 acidentes. No total, saíram feridas 240 pessoas ao longo do feriado prolongado. Não está computado o acidente com o ônibus da Viação Rio Doce.O balanço apontou que o dia mais violento foi 12 de outubro. Neste dia, nove pessoas morreram nas estradas de Minas Gerais. Entre eles o acidente na BR 135, em Augusto de Lima, região Central do Estado. Quatro pessoas morreram em um Gol superlotado com sete ocupantes, após ele sair da pista e capotar. O número, apesar de preocupar, é mais baixo do que no feriado de 7 de setembro. Na época, morreram 22 pessoas, com 308 acidentes e 250 feridos.O inspetor Aristides Júnior, assessor da PRF de Minas Gerais, apontou que o balanço foi positivo, principalmente pela redução de acidentes na volta do feriado. Ele considera uma vitória, pois a cada ano a frota aumenta no Estado. Os acidentes estariam ligados à imprudência dos motoristas, excesso de velocidade e a não-observância dos sinais de trânsito.
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