07 de outubro, de 2007 | 00:00

Instalações da cadeia deixam bispo decepcionado

FABRICIANO - O bispo dom Odilon Guimarães Moreira, da Diocese Itabira/Fabriciano, visitou, na última sexta-feira, 5, a precária cadeia de Coronel Fabriciano. O religioso saiu do local assustado com a insalubridade e lotação do presídio localizado na rua Boa Vista, no Centro da cidade. Para amenizar a situação, todos os presos passaram a semana recebendo atendimento de saúde.Dom Odilon visitou a cadeia na companhia do diretor e delegado Alexsander Esteves Palmeira. Na saída, disse ao DIÁRIO DO AÇO que ficou consternado e deprimido com a situação encontrada na cadeia de Coronel Fabriciano. “As pessoas cometem erros, mas o tratamento da cadeia é desumano. Mesmo o homem errando, ele merece um tratamento mais digno, mais humano”, comparou.Ele alegou que o Poder Público tem que conhecer a realidade da cadeia e lançou um apelo. “Temos que voltar a atenção para a situação da cadeia. A Diocese deve encaminhar um ofício, um apelo ao governo do Estado para que a nova cadeia saia o mais rápido possível”, observou.Enquanto o chefe da Igreja Católica na região visitava a cadeia, enfermeiras atendiam os presos. Os 208 detentos (última contagem oficial) passaram por exames de sangue e urina, além de orientações de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O trabalho ainda é o resultado da visita dos defensores públicos estaduais esta semana ao presídio. Os profissionais de saúde foram cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde.A enfermeira Flávia Maria Vaz de Souza disse que durante toda a semana passada ouviu os presos, conversou com eles para saber como está a saúde e distribuiu preservativos. “É uma consulta de enfermagem para saber os principais problemas de saúde deles. Muitos reclamam de dores de cabeça e nas costas, além de coceira pelo corpo”, adiantou a enfermeira.