Expo Usipa 2024 02 - 728x90

26 de setembro, de 2007 | 00:00

Mais um condenado por execução em GV

Acusado de intermediar morte de médica pega 17 anos e meio de cadeia

Antônio Cota


Cacá (C) teria contratado o adolescente para matar a perita
VALADARES - A Justiça Federal condenou na noite de ontem, após 13 horas de julgamento, Ricardo Pereira dos Santos, o Cacá, de 29 anos, a uma pena de 17 anos e meio de prisão, acusado de intermediar a morte da médica-perita do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Governador Valadares, Maria Cristina de Souza Felipe. O crime aconteceu em setembro do ano passado e teve repercussão nacional.Maria Cristina foi morta a tiros por um adolescente no bairro Ilha dos Araújos, quando saía de casa para o trabalho. O adolescente foi internado num centro de internação de Teófilo Otoni. O crime teria sido encomendado diante da possibilidade de a médica, chefe das perícias médicas, descobrir um suposto esquema de fraudes no INSS da cidade.Em julho deste ano, o médico Milson de Souza Brige foi condenado a 16 anos de prisão, apontado pelas investigações da Polícia Federal como o mentor do assassinato da perita Maria Cristina. Ele também perdeu o cargo de perito do INSS, que ocupava há mais de 30 anos. Os advogados de Milson estão recorrendo da sentença junto ao Tribunal Federal da 1ª Região, em Brasília.O julgamento de ontem foi presidido pela juíza federal Denise Dias Drumond, titular de Valadares, e ocorreu no Salão do Júri do Fórum da Justiça Estadual. A vara federal da cidade não possui um local apropriado para sessões do Tribunal do Júri, o que dificulta o andamento de processos criminais envolvendo crimes contra a vida na esfera federal.Estava previsto para ser julgado, também, José Alves de Souza, o “Zuza”, mas os advogados dos réus, numa manobra jurídica, conseguiram desmembrar o processo. O advogado de Zuza não aceitou os jurados, o que impossibilitou o julgamento do réu. Ainda não tem data marcada para ele ser julgado, o que só deve ocorrer no ano que vem.SentençaCacá, que teria contratado o adolescente para cometer o crime, foi defendido por João Carlos de Faria. A sentença foi proferida pela juíza por volta das 21h, após a decisão do Conselho de Sentença. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado a 16 anos e meio de prisão, além de um ano por corrupção de menores. O advogado de defesa já adiantou que vai recorrer da decisão. O assistente da acusação, advogado Ivaldo Tassis, contratado pela família da médica, comemorou a sentença. “Ele confessou o crime e teve a atenuante de colaborar. Era a pena esperada por nós”, comentou o advogado.O marido da médica-perita Maria Cristina, o também médico José Luiz Felipe Souza, disse que sempre vai estar triste pela perda. “Mas, enquanto cidadão, acredito nos homens e na Justiça”, desabafou, após acompanhar praticamente todo o desenrolar do julgamento.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário