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02 de setembro, de 2007 | 00:00

Mulher baleada por policial

Sargento atira após ser atacado com facão. Marido diz que ação foi ilegal

Reprodução


Neusa apresenta problemas psiquiátricos
FABRICIANO - A dona de casa Neusa Cristina de Paula, de 35 anos, se recupera do tiro disparado pelo sargento Edson Borges, de 47 anos. O policial militar teria agido para se defender de Neusa. Ao ser abordada pelo sargento, na tarde da última sexta-feira (31), a dona de casa teria tentado agredi-lo com um facão. O fato ocorreu na rua Padre Américo, no bairro Santo Antônio. O major Moisés Marinho disse que o sargento, pelo que foi levantado, agiu diante de uma agressão. “O companheiro dele não teve tempo para pegar um bastão de madeira na viatura e desarmar a dona Neusa. A mulher partiu para cima do sargento, que deu um primeiro tiro. Como ela continuou andando em direção ao militar, ele disparou um segundo tiro que acertou o peito dela”, explica o subcomandante do 14º Batalhão de Ipatinga.Conforme informações dos policiais, Neusa apresenta problemas psiquiátricos adquiridos devido a uma depressão pós-parto. Ela teria se armado com um facão e ido para a rua, ameaçando as pessoas que passavam pelo local. Os moradores comunicaram a PM sobre o problema. Uma das pessoas ameaçadas seria José Soares da Mota, de 42 anos, conforme dados registrados no Boletim de Ocorrência confeccionado pela Polícia Militar.Após o incidente, Neusa foi socorrida pelos militares na viatura e internada no Hospital Siderúrgica, onde foi constatado que o projétil transfixou o corpo da dona de casa. Após o socorro, o sargento Edson recebeu voz de prisão, conforme prevê a lei. “Foi instaurado um Inquérito Policial Militar. Ontem o juiz militar concedeu liberdade ao sargento em função do que foi apurado. Ele agiu dentro dos parâmetros estabelecidos pela lei e não houve excessos”, revelou Marinho.CrisesA reportagem do DIÁRIO DO AÇO conversou com o marido de Neusa, o trabalhador rural José Afonso. Ele disse que está revoltado com a ação do policial. “Ela dá essas crises e não sei como achou o facão, que estava escondido em casa. O policial chegou e atirou com covardia. Vou denunciar, ele atirou perto dos meninos”, comentou, acrescentando que vai buscar seus direitos junto à Justiça.Para José Afonso, o sargento procedeu de forma errada. “Ele agiu contra a lei. Deveria ter chegado para desarmar minha mulher com cassetete ou chamar reforço policial e os bombeiros. A meu ver, faltou treinamento por parte do sargento, que atirou numa pessoa doente. Se fosse eu que tivesse atirado na mulher dele, com certeza minha casa estaria cercada com mais de 200 policiais para me prender”, comparou.
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